O técnico Celso Roth relembrou a fase decisiva da Libertadores de 2010. Dois meses depois de assumir o comando da equipe, ele e os comandados do Inter venceram o São Paulo na semifinal e o Chivas na final. Na partida de ida, no México, Roth e o time tiveram uma ajuda extra da direção colorada. A grama sintética do estádio, recém-inaugurado, seria trunfo para os donos da casa. Porém, o Colorado teve a chance de se acostumar antes da decisão.
— Era um gramado sintético pela primeira vez em final de Libertadores. Graças ao trabalho da direção do Inter, fomos àquele campo e treinamos duas vezes, o que não é o normal. Isso contribuiu muito para o resultado lá em Guadalajara. Futebol não se ganha só dentro de campo — reconheceu, em entrevista entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, desta segunda-feira (15).
O crédito maior pelo título é dado aos jogadores. Roth destaca a maturidade e superioridade técnica do elenco que jogava "um futebol de altíssimo nível". Ele considera os enfrentamentos contra o São Paulo, ainda na semi, como uma final continental antecipada, argumentando que o jogo é "clássico nacional sempre muito complicado".
Da festa do seu título mais importante, o técnico guarda uma memória afetiva com o rei do futebol. Após o apito final e durante a movimentação de entrega das medalhas, o Roth teve um momento de conversa com Pelé no gramado do Beira-Rio.
— O Pelé simplesmente é uma lenda, todos nós sabemos, e eu tive a honra de abraçá-lo naquela noite. Não tínhamos conversado quando passei pelo Santos. Fomos nos encontrar no Beira-Rio, e logo ele me elogiando pela qualidade do jogo do Inter. Foi abraço, beijo, tudo ao mesmo tempo, guardo na memória este momento — brinca, ao lembrar do encontro.
Saudade do Esporte
O primeiro jogo da final daquela Libertadores de 2010, entre Chivas e Inter, no México, será o destaque do Saudade do Esporte desta semana. A partida de ida será transmitida pela Rádio Gaúcha nesta quarta-feira (17), às 21h45min.