Terminou nesta sexta-feira (22) a votação dos conselheiros do Inter acerca do recurso do ex-presidente Vitório Piffero, que pedia a alteração da decisão tomada pela Comissão de Ética do Conselho Deliberativo, que o excluiu do quadro social do clube, em maio de 2019. Com uma porcentagem de 98,1%, o recurso do antigo dirigente foi negado pelos integrantes do Conselho Deliberativo.
Dos 335 conselheiros aptos, 269 exerceram o direito de voto. Foram 264 votos contra o recurso do ex-presidente Vitório Piffero e cinco a favor. Também foi negado, com o mesmo número de votos, o recurso do antigo vice de Finanças do Inter Pedro Affatato.
Além disso, foi votado o pedido de prescrição da exclusão do quadro social por parte da defesa dos ex-dirigentes, e 261 conselheiros (97%) votaram não. A decisão não cabe recurso, ao menos internamente.
— A partir de hoje, para o Inter, eles não existem mais como sócios. Eles já não eram, e com a negativa do recurso, não houve efeito suspensivo e a decisão foi mantida. Isso apenas confirmou a decisão tomada pelo Comitê de Ética do clube — afirmou o presidente do Conselho do Inter, José Aquino.
De acordo com Aquino, Piffero e Affatato dificilmente voltarão a ser sócios novamente, pelo menos nos próximos cinco anos. De acordo com ele, houve uma alteração no estatuto do clube que dá direito aos presidentes a negar qualquer pedido de associação. Principalmente após uma exclusão como essa.
— Não existe punição eterna, e não há no estatuto do clube prevendo um tempo mínimo. Se me perguntares: ele nunca mais poderá ser sócio? Não sei. Creio que antes de cinco anos é muito pouco provável. O que é muito triste, porque é um dos grandes vitoriosos da história do Inter. Mas o seu retorno não foi bom — finalizou.
Em 2019, a Comissão de Ética do Conselho Deliberativo do Inter decidiu excluir do quadro social do clube Vitório Piffero e seu ex-vice presidente, Pedro Affatato. A decisão foi tomada a partir da denúncia elaborada pela Comissão Especial, cujo relatório foi aprovado pelo Conselho no começo de outubro de 2018. Na ocasião, os ex-dirigentes já haviam sido condenados a ficar 10 anos inelegíveis para cargos em qualquer entidade esportiva, conforme enquadramento pela Lei do Profut.