Nas próximas semanas, um jogador do Inter pretende, finalmente, voltar a fazer as mesmas atividades de seus companheiros, mesmo que mantenha os protocolos de segurança e de distanciamento. Rodrigo Dourado, que, enquanto podia entrar em campo, era o capitão do time, vive a expectativa de recomeçar os treinos.
Lesionado desde metade do ano passado, ele segue fazendo recuperação em fisioterapia e alguns exercícios para fortalecimento muscular, e ainda não tem data confirmada para retomar os treinamentos normais. Com contrato até dezembro, deve renovar seu vínculo para mais algumas temporadas.
O foco, agora, é que tenha o equilíbrio muscular que lhe garanta segurança para voltar a trabalhar. Sua última aparição em campo foi Palmeiras 1x0 Inter, jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil de 2019, em 10 de julho.
Relacionado, não entrou na partida de volta, uma semana depois, quando seus companheiros venceram por 1 a 0 no tempo normal e por 5 a 4 nos pênaltis, avançando à semifinal. Antes disso, havia atuado os 90 minutos do empate em 2 a 2 com o River Plate, em Buenos Aires, em 7 de maio, pela Libertadores.
Dourado teve uma lesão no joelho no jogo contra o Palestino, pela competição continental, em abril. Mas só em julho, o clube constatou que ele tinha um edema ósseo no fêmur e na tíbia. Desde então, não pôde mais jogar. Como não está previsto qualquer jogo até a última semana de julho, pelo menos, Rodrigo Dourado completará um ano sem atuar. E o fato de não ter jogo, porém, dá ao Inter e ao atleta mais tempo para ficar pronto.
— Vamos ter todo o cuidado, vamos trabalhar sem prazo. Ele volta quando estiver bem — afirmou o diretor executivo colorado, Rodrigo Caetano.
Enquanto isso, direção e atleta ensaiam as primeiras conversas para renovar contrato. Seu vínculo vai até 31 de dezembro, o que, em tese, poderia permitir que assinasse um pré-contrato com qualquer clube a partir de 1º de julho.
Mas não é a intenção nem de clube nem de jogador. Há interesse mútuo em estender o acordo, ainda que não se estabeleça por quanto tempo. O empresário do atleta, Gilmar Veloz, deve ter conversas com a direção colorada até o próximo mês. O encontro já poderia até ter ocorrido, mas a pandemia e a situação de quarentena atrasou as negociações. Mesmo assim, representantes de Dourado e dirigentes mantêm otimismo.
— O Inter vai saber valorizá-lo — garantiu Caetano.
Dourado está no Inter há quase uma década e meia, chegou para a base quando tinha 13 anos. Entrou na equipe titular em 2015, ganhando oportunidade com Diego Aguirre. Segundo os dados oficiais do clube, ele soma 223 partidas e nove gols pelo time profissional