A parada do futebol por conta do coronavírus afetou diretamente as receitas do quadro social do Inter. Em maio, a estimativa é de que 25% dos sócios não paguem suas mensalidades, conforme projeção da direção — isso significa dizer que, dos 120 mil associados, 90 mil estarão em dia com seus pagamentos ao fim do mês.
— Um sócio se torna inadimplente quando deixa de pagar uma mensalidade. Terminamos abril com 18% de inadimplência no quadro, e o número tende a fechar em 25% em maio — afirma Norberto Guimarães, vice de relacionamento social colorado.
A maioria dos sócios inadimplentes é o da categoria Campeão do Mundo — aquele que paga, além da mensalidade de R$ 50, parte do ingresso para os jogos. Como o Inter tem diversas modalidades de associação, não há como aplicar a mesma queda de 25% na arrecadação.
— O Inter, historicamente, dá vantagens ao sócio. Tem muitas empresas conveniadas. Se o sócio souber usar, consegue recuperar o valor da sua mensalidade. Tem farmácia, supermercado e posto de gasolina que dão desconto para sócios — ponderou Norberto.
Segundo o dirigente, a queda é semelhante à que acontece no verão, nos períodos em que não há partidas, quando cerca de 20% dos associados deixam de pagar seus planos. Com isso, o Inter estuda ações junto ao departamento de marketing para lançar um plano visando à diminuição das perdas.
— Além da parada dos jogos, a pandemia impactou nossos eventos consulares. Tínhamos 129 visitas a cidades do Interior até o fim do ano agendadas. E isso também teve de ser cancelado — observou o dirigente.