A final da Libertadores de 2006, entre Inter e São Paulo, foi relembrada ao longo da semana e neste domingo (24) por GaúchaZH, Rádio Gaúcha e RBS TV no projeto Saudade do Esporte.
Para quem acompanhou e ficou curioso com as tradicionais notas de ZH, trazemos a cotação da época, publicada na edição de 17 de agosto de 2006, um dia após o jogo. Confira:
INTER
Clemer: grande defesa logo aos seis minutos, depois de um chute forte de Danilo. Saiu mal aos 17, mas apresentou a mesma tranquilidade e colocação dos últimos e decisivos jogos. Falhou no segundo gol. Nota 8
Índio: sua imposição física é natural, e os atacantes adversários sentem sua força. Mas exibiu também qualidade técnica no apoio ao ataque, como costuma dizer Abel. O duelo dele com Aloísio foi de "rochas". 8
Bolívar: aos 41, salvou o Inter, evitando o empate num carrinho espetacular. Levou um cartão por reclamação aos 48, mas fez uma partida de alta qualidade técnica. Deixa o futebol brasileiro cotado para a Seleção. 9
Fabiano Eller: seguro e atento, controlou o setor. Foi ao ataque, perdendo um gol aos 28, pois chutou desequilibrado no interior da área. Mas é no setor defensivo que ele brilha. 8
Ceará: ficou mais na marcação, preocupado com Danilo. O número 10 do São Paulo, por exemplo, conseguiu apenas uma boa jogada no primeiro tempo. No segundo, apoiou mais. Fez o cruzamento que originou o segundo gol. 8
Edinho: policiou o meio-campo com segurança e determinação, tirou o espaço dos adversários e teve uma atuação segura. Foi outra vez um jogador decisivo e até fez boas jogadas no ataque. 8
Tinga: o motorzinho de todos os jogos. Correu e marcou. Esteve na defesa e no ataque. Não dá um segundo de sossego ao adversário. E ainda tem energia para fazer um gol dentro da pequena área. Foi ingênuo na comemoração e mereceu o vermelho. Vai fazer falta ao Inter. 8
Alex: ajudou a controlar o meio-campo e, mesmo sendo um jogador mais técnico, não deixou de correr, lutar e marcar. 8
Jorge Wagner: como em São Paulo, quarta-feira passada, perdeu um gol na cara de Rogério Ceni. Se movimentou e correu por todos os lados. 7
Fernandão: fez um gol de centroavante. Estava na pequena área na hora certa, esperando o erro de um goleiro que erra muito pouco. E ainda deu passe para o segundo. 9
Rafael Sobis: infernizou a defesa paulista, especialmente quando se deslocava pelo lado direito, como um ponteiro. Arrastava dois ou três zagueiros com ele. Foi parado com faltas, só assim para evitar seus dribles ou suas jogadas em velocidade. 9
Michel: entrou no lugar de Alex, a 12 minutos do final. Sua função era fechar e puxar os contra-ataques. 7
Ediglê: com 2 a 1, faltando oito minutos para o final, o zagueiro substituiu Rafael Sobis. Sua missão era ajudar a conter os ataques paulistas. 7
SÃO PAULO
Foi outro time no segundo jogo. Mais determinado, mais interessado e mais perigoso. Fez um jogo equilibrado. 8
O JUIZ
O argentino Horácio Elizondo mostrou por que é o melhor juiz do mundo. Apitou conforme a regra e se impôs aos jogadores. Mostrou o primeiro cartão amarelo para Fernandão, com três minutos. No lance seguinte, advertiu também Jorge Wagner. A expulsão de Tinga foi correta. A Fifa proibiu no ano passado que os jogadores mostrem mensagens nas camisetas. 9