Uma das primeiras medidas do Inter após o início da pandemia de coronavírus foi esvaziar os alojamentos do CT de Alvorada e liberar os 78 meninos da base que ali vivem para ficarem com suas famílias enquanto o futebol está paralisado.
O clube pagou as passagens e proporcionou aos atletas uma cartilha com dicas de exercícios físicos, alimentação e atividades de passatempo. Além disso, há uma preocupação com o emocional dos jovens, que residem nas mais diversas regiões do Brasil.
— Estamos mantendo contato com todos. Foram passadas uma planilha de treinamentos e uma cartilha feita pela psicologia, com algumas orientações de passatempo, leituras, convívio com a família e cursos online de idiomas. Demos também orientações para eles ficarem atentos ao que está acontecendo, mas não ficarem restritos a isso. Os treinadores estão em contato com eles, os preparadores físicos passam os exercícios e os psicólogos estão à disposição. É uma interação semanal — explica o gerente geral das divisões de base do Inter, Erasmo Damiani.
A base do Inter conta com cerca de 220 atletas, entre as categoria sub-11 e sub-20. Por lei, apenas atletas acima de 14 anos podem residir nos alojamentos do clube. Vivem ali atletas de todas as regiões do país além de dois argentinos, Tomás Lujan, 20 anos, e Maximiliano Salazar, 18.
— A interação ocorre tanto com os meninos que vivem nos alojamentos como com os que moram em Porto Alegre. Os técnicos passam vídeos dos treinamentos e dos jogos. O CT está fechado e as atividades estão canceladas. Há toda uma preocupação com a saúde mental (dos garotos) — finaliza Damiani.
Após a extinção do Inter B, o time sub-20 passou a ser o último estágio antes de os atletas serem promovidos para o grupo principal.