Os mais de 35 mil colorados que foram ao Beira-Rio nesta terça-feira (3) para a estreia do Inter na fase de grupos da Libertadores foram premiados com a melhor atuação da equipe de Eduardo Coudet na temporada. Com uma postura agressiva desde os primeiros minutos, o time gaúcho dominou a Universidad Católica e construiu uma goleada de 3 a 0 com dois gols de Paolo Guerrero e um de Marcos Guilherme.
Com três pontos e saldo três, o Inter lidera o Grupo E. Na próxima rodada, às 21h do dia 12, está programado o primeiro Gre-Nal da história da Libertadores, que também definirá o líder da chave — o Grêmio fez 2 a 0 sobre o América de Cali na sua estreia.
Apesar da grande expectativa que o clássico gera desde a confirmação do Inter na chave do Grêmio, Eduardo Coudet evitou projetar o Gre-Nal. O treinador citou o jogo contra o Brasil-Pel, no domingo (8) pelo Gauchão e disse que seu pensamento deve estar na próxima partida do calendário.
— Não posso pensar no jogo da Libertadores quando temos um compromisso no domingo aqui na nossa casa. Iremos jogo a jogo. O importante é que estamos evoluindo e tendo um melhor entendimento da ideia de jogo — respondeu ao ser questionado sobre o Gre-Nal.
Ao longo da entrevista, Coudet tratou de mostrar sua satisfação com a atuação do Inter. Ele ressaltou que cumpriu o objetivo de montar um time mais ofensivo na fase de grupos e afirmou que acredita ter tido sucesso na estratégia adotada desde o começo da participação colorada na Libertadores.
— Concordo que foi a nossa melhor atuação, mas também mostra o que tenho falado. Necessitamos de tempo para o trabalho, que os jogadores entendam o sistema para poder, como fizemos hoje (terça), colocar muitos jogadores ofensivos. Fizemos isso muito bem e estou feliz porque os jogadores estão trabalhando bastante e se esforçando. Pudemos presentear a torcida com um grande espetáculo — afirmou.
O maior beneficiado pela postura ofensiva do Inter foi Paolo Guerrero. Além dos dois gols, o peruano teve outras cinco finalizações na partida. Ao lado de Coudet, o camisa 9 ressaltou que ter muitos companheiros próximos foi um facilitador no jogo.
— É importante quando a gente joga desse jeito. Estamos captando a cada dia o que o professor pede, que tenhamos muitos jogadores atacando e que seja feita a pressão logo após a perda da posse. Roubando a bola no campo de ataque estamos mais próximos do gol. Eu não jogo sozinho. Eu jogo de centroavante e preciso ser abastecido — analisou.
D'Alessandro
Admitida por Coudet como a melhor do ano, a atuação de luxo diante da Católica não contou com D'Alessandro, suspenso. Ainda que tenha tido cuidado ao falar sobre o Gre-Nal, o treinador argentino deixou dúvidas sobre a volta do camisa 10 para o clássico.
— Aqui não há um nome particular. Não há D'Alessandro, Guerrero, Cuesta ou Lomba. Temos de tratar quem são os melhores para iniciar cada jogo ou a necessidade dessa partida. Estou aqui para decidir e não são situações agradáveis para nenhum treinador. Eu não gostei de tirar o Lindoso, mas pensei que esse era o melhor time. Não quer dizer que o Lindoso não possa iniciar os próximos jogos. Eu não menti quando disse que na fase de grupos se pode ousar mais, mas também estou convencido de que fizemos o correto na fase preliminar — finalizou.