A Universidad de Chile está extremamente preocupada com a segurança no jogo desta terça-feira (4), contra o Inter, pela Libertadores. A Conmebol enviou uma carta ao clube chileno anunciando que, em caso de novos confrontos no interior ou no entorno do Estádio Nacional, serão tomadas "duras medidas" contra a equipe de Santiago. Há o temor inclusive de uma possível derrota por WO, caso as autoridades locais não consigam garantir a segurança da partida.
— O pior que nos poderia acontecer seria ganhar em campo e perder nos gabinetes, caso haja incidentes no estádio. Outras possibilidades seriam multas ou não poder seguir jogando no Estádio Nacional caso a gente avance de fase. Por isso, será reforçada a segurança — disse uma fonte da direção da Universidad de Chile ao jornal El Mercúrio.
Para evitar o risco de punições, o clube contratou 288 seguranças privados, que se juntarão aos 500 policiais chilenos para coibir os tumultos. Além disso, por razões de segurança, a capacidade do estádio, de 45 mil torcedores, foi reduzida para 25 mil no jogo desta terça — além de o horário ter sido antecipado das 19h15min para as 18h, para que a partida termine ainda antes do anoitecer.
O Chile vive um contexto de tensão social desde outubro de 2019. A onda de protestos, no entanto, foi intensificada na última semana após a morte de um torcedor do Colo Colo, atropelado por um caminhão da polícia. Após o episódio, várias torcidas organizadas chilenas pediram a suspensão do futebol no país, sem sucesso. Desde então, várias partidas do campeonato local foram marcadas por protestos e intensos confrontos entre torcedores e policiais, elevando o alerta para o jogo entre La U e Inter.