O Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre na manhã desta sexta-feira (17) 16 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão a membros de torcidas organizadas do Inter envolvidos em confusão após partida contra o Atlético-MG, em dezembro do ano passado, pelo Brasileirão. Entre os crimes, estão lesão corporal, tumulto, dano e associação criminosa. Coordenada pelo MP e com apoio da Brigada Militar, a operação ocorre em Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana.
De acordo com o promotor Rodrigo da Silva Brandalise, da Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, as imagens analisadas pelo MP mostram inúmeras pessoas alheias ao tumulto expostas ao risco de serem atingidas. Houve ainda atos de violência contra profissionais de imprensa que cobriam o ocorrido.
Ainda de acordo com o MP, os elementos coletados apresentam risco de envolvimento destes torcedores em novas confusões, entre si e com outras torcidas, nos campeonatos de 2020. A estreia do Inter no Gauchão está marcada para o dia 23, em Caxias do Sul, contra o Juventude. O primeiro jogo no Beira-Rio será no dia 26, diante do Pelotas.
Relembre o caso
O pátio do Beira-Rio foi palco de duas brigas após a vitória do Inter sobre o Atlético-MG pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Duas pessoas foram presas e outras quatro tiveram de ser levadas para atendimento em hospital.
De acordo com a Brigada Militar, a confusão envolveu integrantes de três torcidas organizadas: Camisa 12, Nação Independente e Guarda Popular. Uma primeira briga ocorreu logo após a partida, no pátio do estádio. Nessa ocasião, duas pessoas foram detidas. Cerca de duas horas depois, alguns membros dessas torcidas voltaram a brigar.
O que dizem os envolvidos
Guarda Popular: a torcida optou por não se manifestar.
Nação Independente: "A torcida nega participação no ocorrido do dia 8 de dezembro. Sempre nos dispomos a colaborar com Ministério Público, Brigada Militar e com o clube".
Camisa 12: "O ocorrido do dia 8 de dezembro não foi com associados da Camisa 12 e sempre nos dispomos a colaborar com o MP e Brigada Militar".