Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas, digamos que ele existisse e, a partir disso, abrimos um precedente para imaginar uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu projetar o que aconteceria se a CBF não tivesse remarcado os 11 jogos do Brasileirão de 2005 por suspeita de manipulação de resultados.
Para muitos torcedores, o pênalti sobre Tinga, sonegado na antepenúltima rodada, bastaria para decretar o título do Inter. Porém, mesmo que tivessem vencido por 2 a 1 no Pacaembu, os comandados de Muricy Ramalho chegariam ao final do campeonato com os mesmos 80 pontos do Corinthians, mas com um saldo de gols inferior. Portanto, o VAR não seria suficiente para mudar as mãos que levantaram a taça. O grande "algoz" colorado daquele ano foi o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
No dia 2 de outubro de 2005, o Inter liderava a tabela, com 51 pontos, quando foi surpreendido pela anulação de 11 partidas apitadas pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Entre elas, constava a vitória colorada sobre o Coritiba por 3 a 2, além de dois jogos em que o Corinthians foi derrotado. Em novas disputas, o Colorado repetiu o mesmo placar no Beira-Rio, enquanto os paulistas conquistaram quatro pontos contra Santos e São Paulo. Se a remarcação não tivesse acontecido, Fernandão e companhia teriam os mesmos 78 pontos, um a mais do que os corintianos.
A conquista do título nacional poderia colocar justiça no resultado de campo, mas poderia implicar em sérias mudanças na história do Inter. Na Libertadores de 2006, por exemplo, o time gaúcho teria outro destino no sorteio da Conmebol. Ocupando o lugar do Corinthians, enfrentaria Tigres-MEX, Deportivo Cali e Universidad de Chile na fase de grupos. Enfim, poderia passar à próxima fase, mas poderia acabar cruzando com o River Plate, que tinha Daniel Passarella como treinador, um veterano Marcelo Gallardo no meio-campo e um jovem Higuaín surgindo no ataque. Ou seja, um ano depois de vencer o Brasileirão, os colorados assistiriam pela televisão uma final entre Barcelona e outra equipe — possivelmente o São Paulo, de Rogério Ceni, em busca do tetracampeonato mundial.
Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.