Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas, digamos que ele existisse e, a partir disso, abrimos um precedente para imaginar uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu projetar como seria se o Inter não tivesse perdido para o Mazembe, na semifinal do Mundial de Clubes de 2010.
A chance de espantar a zebra africana poderia ter sido aproveitada por Rafael Sobis quando, logo a 10 minutos de jogo, recebeu passe de Alecsandro dentro da pequena área. Digamos que, ao invés de parar no goleiro Kidiaba, o atacante acertasse as redes. Com 1 a 0 no marcador, os jogadores colorados estariam mais tranquilos para administrar a vantagem e, em espaços de contra-ataque, quem sabe até ampliar o placar no decorrer da partida. Mesmo que Kabangu ou Kaluyituka descontassem no segundo tempo, o Colorado estaria em mais uma decisão de Mundial. O próximo passo, então, seria enfrentar a Inter de Milão.
É verdade que não se tratava de um time tão temido como o Barcelona de 2006, mas não deixava de ter um elenco estrelado, com jogadores como Maicon, Lúcio, Zanetti, Sneijder, Eto'O e Milito. Vale lembrar que depois da saída do técnico José Mourinho para o Real Madrid, após a conquista da Liga dos Campeões, a equipe italiana teve uma queda de rendimento sob o comando de Rafael Benítez, obtendo apenas 52% de aproveitamento nas 23 partidas que antecederam a viagem a Abu Dhabi.
Ainda assim, não se pode ignorar o momento titubeante da equipe colorada após a conquista da Libertadores, que sofreu 23 gols nas 24 restantes rodadas do Brasileirão. Além disso, uma eventual vitória sobre o Mazembe iria mascarar os problemas, fazendo com que o técnico Celso Roth mantivesse entre os titulares atletas que apresentavam um claro declínio técnico, como o volante Wilson Mathias e o centroavante Alecsandro. Para todos efeitos, não seria tão absurdo imaginar uma derrota do Inter para o xará italiano por 1 a 0 ou 2 a 1. Seria uma derrota honrosa, perto do vexame protagonizado na vida real.
A chance de um segundo título mundial se concretizar só seria possível com os ingressos de uma garotada que pedia passagem naquela época — Giuliano e Leandro Damião, então com 20 anos, e Oscar, com 18, se credenciariam a ser o Adriano Gabiru de 2010.
Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.