No mesmo momento em que Zé Ricardo era entrevistado em Porto Alegre, Eduardo Coudet dava sua coletiva em Buenos Aires e confirmava que não ficará no Racing em 2020. O argentino não garantiu que treinará o Inter no ano que vem, mas admitiu que dará preferência ao clube. O atual técnico colorado, ciente de que o argentino ocupará seu posto no Beira-Rio a partir de janeiro, mostra-se absolutamente consciente da situação e promete torcida para o sucessor.
— Trato isto de forma natural. O técnico do Inter hoje é o Zé Ricardo, até o final do ano. Isto foi combinado comigo e nada foi escondido. Meu foco é levar o Inter ao G-4 ou G-5. Estou aqui de coração aberto, muito orgulhoso de estar vestindo a camisa colorada, e quero passar esta emoção aos jogadores. Sobre o Coudet, estamos falando de um grande treinador, que está fazendo um trabalho muito consistente no Racing. Se a chegada dele se confirmar, não só estarei torcendo para que as coisas deem certo, como pelo grupo de jogadores que conheci aqui. Meu compromisso é me doar 110% para o Inter, e isto estou fazendo — destacou.
O planejamento colorado para 2020 não conta com a participação direta do atual treinador como homem a fazer avaliações definitivas para a nova comissão técnica. Mesmo assim, Zé Ricardo se mostra disposto a colaborar, pois cogita voltar a trabalhar no Inter eventualmente.
— Pela experiência que temos aqui, entre dirigentes e comissão técnica, estou aberto para ajudar com algumas opiniões, mas todos estamos agora focados em atingir os objetivos. No futuro, o Inter, independentemente de qualquer coisa, continuará, com ou sem o Zé Ricardo. Se eu conquistar o objetivo para o qual fui contratado, deixarei portas abertas para um dia voltar, o que será um grande orgulho para mim — salientou.
A avaliação dos primeiros 30 dias como comandante do Inter, segundo o próprio Zé Ricardo, é de assimilação:
— Meu balanço é de que transmiti algumas coisas novas para os atletas, e nossa expectativa é grande para tornar nossa equipe ainda mais competente para buscar o máximo de pontos possíveis e atingir os objetivos.
Zé Ricardo citou um ponto que trabalha com o grupo e espera evolução nos últimos jogos do Brasileirão:
— Nossa média é de 12 finalizações por jogo. Não é a que esperávamos, mas não é baixa. Precisamos é ser efetivos para que transformemos algumas destas oportunidades em gol. Trabalhamos bastante o equilíbrio ofensivo, mas sabemos da característica de contra-ataques do nosso próximo adversário (Fortaleza).