Quando os emissários colorados, Roberto Melo, Deive Bandeira e Rodrigo Caetano, foram a Buenos Aires para contratar o técnico Eduardo Coudet, não sentaram com qualquer um à mesa. Do outro lado do balcão de negociação, estava Chistian Bragarnik, um dos mais fortes agentes do futebol argentino.
— Dos 24 clubes da primeira divisão, representa treinador ou jogadores de oito ou nove times pelo menos — descreve Nicolás Latini, repórter da TNT Sports da Argentina.
Por isso, muitos nomes de técnicos, de diferentes metodologias, passaram a ser especulados na pauta colorada do dia para a noite. Além de Coudet, comandante do Racing, Ariel Holan (ex-Independiente), Jorge Almirón (ex-Lanús) e Sebastian Beccacece (ex-auxiliar de Jorge Sampaoli na seleção chilena e hoje no Independiente), todos estes têm o mesmo agente. Ou seja, todos os nomes foram colocados à mesa, diante dos dirigentes do Inter.
A lista de atletas também é extensa. O zagueiro Víctor Cuesta, que joga no Beira-Rio desde 2017, é um deles. Mas passa por Benedetto, ex-Boca Juniors, Carlos Sánchez, hoje no Santos, Walter Bou e tantos outros.
Contam que sua trajetória começou em 2001, quando ajudou ao volante do Arsenal de Sarandí, Mariano Monrroy, a montar um compilado de imagens suas em campo para oferecer a um empresário no México. Não deu outra: o atleta foi contratado e se abriu, na América do Norte, um mercado para o mais novo agente argentino.
Um dos últimos a entrar para o seu rol foi, nada mais nada menos, que Diego Armando Maradona, que assumiu o Gimnasia y Esgrima de La Plata. Não à toa, o ex-camisa 10 da seleção argentina também trabalhou como treinador em terras mexicanas — no Dorados. Aliás, o próprio Coudet também já passou por lá, quando trocou o Rosario Central pelo Tijuana. Por isso, quando um jogador argentino é transferido para o futebol azteca, tem-se uma bela pista sobre quem fez a transação.