Um dia após a derrota do Inter na decisão da Copa do Brasil, as marcas do incêndio no portão 7 do Beira-Rio são visíveis da calçada da Avenida Padre Cacique. A fachada branca ficou manchada de preto e a letra "O", do letreiro que sinaliza os portões de acesso à arquibancada da goleira sul do estádio, está apagada após o ataque. No entanto, esta ocorrência, segundo a delegada Laura Lopes, ainda não foi registrada, o que não é incomum, já que casos semelhantes são comunicados muitas vezes até um dia depois dos fatos.
Nas cancelas de saída do estacionamento, vidros quebrados e grades derrubadas são outro sinal da confusão. Vidros das portas de entrada da sala onde fica o estoque de bebidas do estádio foram quebrados.
Nas calçadas, dezenas de sacolas de lixo haviam sido recolhidas pelas equipes do DMLU. Na parte interna, ainda havia muita sujeira às 7h.
Conforme a delegada Laura Lopes, responsável pelo órgão, foram registrados 14 boletins de ocorrência por furtos e roubos — principalmente de celulares —, quatro por brigas e lesões corporais, dois por ingressos falsos e o restante por desacato a policiais militares. Também tiveram ainda oito termos circunstanciados com autores identificados e encaminhados para o Juizado do Torcedor por diversos tipos de delitos de menor poder ofensivo, principalmente por envolvimento em tumultos. Um destes casos envolveu algumas pessoas que tentaram invadir um bar próximo ao estádio, danificando a fachada e quebrando vidros de portas.
De acordo com o depoimento de torcedores, a briga generalizada começou entre colorados, após o segundo gol do Athletico-PR. A Brigada Militar utilizou bombas de efeito moral para dispersar a multidão.