O Inter terá pouco tempo para montar sua estratégia para os duelos contra o Athletico-PR, pela final da Copa do Brasil. Com jogos nas próximas duas quartas-feiras, 11 e 18 de setembro, o time de Odair Hellmann deverá olhar com atenção para os jogos mais recentes da equipe paranaense.
O último, que rendeu a classificação aos comandados de Tiago Nunes, foi contra o Grêmio, na Arena da Baixada. Depois de levar 2 a 0 em Porto Alegre, na ida, o Athletico-PR precisou buscar uma reversão de resultado em casa, com o apoio da torcida e do tão comentado gramado artificial. E deu certo. A equipe devolveu os 2 a 0 e venceu a disputa por pênaltis.
— Vejo muita semelhança nos estilos de Inter e Athletico. São dois times intensos, que não valorizam tanto assim a posse de bola, mas têm transições rápidas e são extremamente competitivos — destacou o técnico e ex-lateral direito do Inter Luiz Carlos Winck.
Será a hora dos analistas de desempenho se reunirem com a comissão técnica colorada para avaliar o que o Grêmio fez de bom contra o Athletico-PR e quais pontos o Inter precisa ser melhor do que o rival para chegar ao título.
Para descobrir o que o Inter pode tomar de lição da derrota do gremista contra o time paranaense, pedimos a ajuda de três técnicos de futebol: Lisca, Julinho Camargo e Luiz Carlos Winck. Eles elencaram alguns tópicos que podem auxiliar o Inter a chegar ao bicampeonato da Copa do Brasil.
Lições:
Manter o foco durante os 90 minutos
O Inter tem seu próprio exemplo e também do rival para ficar alerta o tempo todo. Contra o Flamengo, no Maracanã, o time de Odair sofreu os dois gols em menos de cinco minutos. Do outro lado, o primeiro gol do Athletico-PR contra o Grêmio sai no momento em que o Tricolor tinha um jogador a menos em campo, já que Leonardo Gomes estava sendo atendido fora do campo. Por isso, Julinho Camargo destaca a importância do foco nos 90 minutos:
— Quando se enfrenta uma grande equipe, nesse nível de competição, é extremamente importante que não só os atletas, mas também o treinador, esteja muito focado na partida. Os detalhes fazem diferença e podem evitar um gol bobo do adversário.
Afastar o Athletico-PR do seu campo
Se tem algo que o Inter precisa fazer no enfrentamento contra o Athletico-PR é afastar os paranaenses da meta defendida por Marcelo Lomba. No entendimento do técnico Luiz Carlos Winck, o Grêmio pecou nesse ponto e deixou a equipe de Tiago Nunes jogar com liberdade no campo de ataque. E, assim, surgiram os gols dos donos da casa:
— O Inter precisa adiantar a marcação e evitar que o adversário trabalhe a bola no seu campo. Serve de exemplo o jogo do Grêmio, que não conseguiu fazer isso. Também é importante apostar na transição rápida, com Edenilson, Patrick e Nico López para surpreender o Athletico.
Atenção aos principais jogadores
A comissão técnica colorada deve ter visto o estrago que jogadores como Rony, Nikão e Marco Ruben fizeram na defesa do Grêmio. Por isso, todo cuidado é pouco para conter os principais atletas da equipe paranaense. No entendimento do técnico Lisca, é preciso ter atenção redobrada quando se perde a bola contra o time do técnico Tiago Nunes:
— Eles têm uma transição muita rápida quando recuperam a bola. Se perde no lugar errado, fica difícil marcar, porque o Rony tem uma jogada individual muito forte, o Nikão arremata bem e o Marco Ruben é um jogador terminal. Se o Tiago mantiver o Cittadini, que é mais um volante, o time vai fazer ainda mais isso, porque vai roubar mais a bola.
