A final da Copa do Brasil pode garantir algo inimaginável quando o Inter emergiu do buraco da Série B: terminar o ano com superávit.
Além dos R$ 21 milhões já garantidos pela presença na decisão dos dias 11 e 18, contra o Athletico-PR, nas duas próximas quartas-feiras, o clube segue na disputa pelo sonho dourado dos R$ 52 milhões destinados ao campeão.
Como se explicar o milagre?
O orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo autorizou déficit anual de até 13 milhões para 2019. O primeiro semestre fechou com a carruagem bem encaminhada para cumpri-lo, sem a previsão dos prêmios. Se a bolada extra vier, portanto, pode acontecer. Mais um motivo de mobilização em torno do título.
Só não dá para prever de quanto seria esse superávit de 2019, pois há outras receitas que só podem ser fechadas no fim do exercício. Exemplo: a rubrica da venda de jogadores, que inclui Mecanismo de Solidariedade, da Fifa, que premia clubes formadores a cada revenda no Exterior, conforme percentuais previstos em uma tabela fixa.
Há, também, expectativa acerca de uma onda de associações, no embalo da chance de retomar o caminho dos títulos, cujo crepúsculo se deu em 2011, no bicampeonato da Recopa, diante do Independiente.
Ao contrário dos prêmios em outras fases da Copa do Brasil, nos quais o pagamento era feito até três dias antes do confronto seguinte, desta vez a grana só será depositada pela CBF após a final. Os R$ 21 milhões são para o vice, assim como os R$ 52 para o campeão. É preciso esperar para ver quem é quem.