Não poderia ser diferente. Com a eliminação nas quartas de final da Libertadores, o clima não era dos melhores na zona mista do Estádio Beira-Rio. Alguns atletas, inclusive, passaram reto pelo corredor coberto de câmeras e microfones. Entre os mais cabisbaixos estava o argentino Sarrafiore que, após perder a bola no fim do segundo tempo, gerou o contra-ataque para o gol de empate do Flamengo.
— Acontece com quem está dentro de campo. Corremos o risco de marcar um gol ou errar. Mas ele (Sarrafiore) tem crédito — comentou o lateral-esquerdo Uendel.
O tom de voz durante as entrevistas, mais baixo e arrastado, denunciava a melancolia vivida nos bastidores. Após sair na frente do marcador, os colorados sonharam com uma virada dentro de casa.
— O pessoal estava muito triste no vestiário, mas o trabalho está sendo bem feito. Não podemos deixar cair. Agora é levantar a cabeça e focar nos próximos jogos — analisou o lateral-direito Bruno.
O discurso externo, aliás, era uníssono. Em todas as falas havia um esforço para mirar o desafio da próxima semana, quando a equipe duela com o Cruzeiro por uma vaga na final da Copa do Brasil.
— A gente tem que ser forte. Futebol é assim. Temos outra decisão na quarta-feira que vem. Vamos lamentar hoje (quarta-feira), mas temos que seguir trabalhando — avaliou o volante Patrick.
Diferente do cenário vivenciado nesta quarta-feira (28), quando o Inter largava em franca desvantagem, diante dos mineiros começa diferente. Em Belo Horizonte, o time de Odair Hellmann venceu por 1 a 0. Agora, precisam administrar a vantagem diante de sua torcida.
— Dói ficar de fora (da Libertadores), mas amanhã (quinta-feira) é um novo dia. A Copa do Brasil também é muito grande — argumentou o goleiro Marcelo Lomba, um dos líderes do elenco.