Alexandre Chaves Barcellos, vice-presidente eleito do Inter, participou na manhã deste domingo (18) do programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha. O dirigente comentou sobre a situação financeira colorada. Segundo ele, o rendimento dentro de campo tem se refletido nos cofres. Com isso, existe a possibilidade de que o clube encerre a temporada com as contas no positivo.
— Quanto mais longe nós formos nas competições, melhor será o nosso resultado financeiro no fim da temporada. Tínhamos orçado um déficit operacional do clube girando em torno de R$ 12 milhões. Porém, se conseguirmos chegar na final da Copa do Brasil, e conquistarmos o título, há uma probabilidade muito grande de que a gente já feche o ano com um superávit — explicou Barcellos, que complementou falando sobre a forma como a Conmebol paga os clubes que disputam a Libertadores:
— Esta competição tem um sistema de premiação diferente. Ela remunera a cada jogo disputado em casa. Então, no próximo duelo contra o Flamengo, no Beira-Rio, já teremos uma cota relevante. E isso, por óbvio, vai melhorando o nosso fluxo de caixa, nossas receitam aumentam e o resultado no final de ano poderá ser bem melhor do que aquele que tínhamos projetado no começo de 2019 — complementou.
Outro fator que auxiliou na estabilização foi o perdão da dívida de R$ 25 milhões do empresário Delcir Sonda. Apesar de não refletir no atual orçamento, o gesto do empresário possibilitou que o Inter segurasse jogadores na janela de transferências de inverno.
— O perdão da dívida por parte do Delcir Sonda influencia no orçamento pretérito, como nós chamamos. Ou seja, o que já foi avaliado e aprovado. Ele não tem repercussão no ponto de vista contábil em 2019. Evidentemente, ele traz um benefício, sobretudo, em termos de competitividade. O que aconteceria se não ocorresse essa anistia? Nós teríamos que ter vendido um ou dois jogadores, dos quais tínhamos alguma proposta — comentou.
O vice-presidente colorado também falou do futuro orçamentário do clube. Segundo ele, o caminho que está sendo traçado é o correto, mas há muito a ser feito para recolocar o Inter, financeiramente falando, no patamar das principais equipes do futebol brasileiro.
— Óbvio que a nossa capacidade de investimento continua limitada em comparação com os demais clubes do Brasil. Não adianta vendermos algo que ainda não é possível. Temos um longo caminho a percorrer, até que a gente consiga regularizar todos aqueles prejuízos que foram gerados ao Inter no biênio 2015/2016 — finalizou.