O Inter será julgado na tarde desta sexta-feira (9), no plenário do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por conta da confusão ocorrida após o Gre-Nal 421, no dia 20 de julho, pela 11ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, a torcedora do Grêmio Taís Dias, acompanhada de seu filho, foi hostilizada por colorados nas cadeiras do Beira-Rio.
Apesar de a direção colorada ter aberto um processo interno contra a sócia e o conselheiro, Renata e Mauro Arruda — que também foram indiciados pela Polícia Civil em inquérito encaminhado ao Ministério Público —, o clube foi denunciado com base no artigo 213, inciso I, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto". Tal artigo prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Na denúncia, no entanto, não é citado o parágrafo 1º, que faz referência à perda de mando de campo, "quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo". Portanto, em princípio, o Inter não corre o risco de jogar fora do Beira-Rio por conta destes incidentes.
Ao todo, 12 processos compõem a pauta da 5º Comissão Disciplinar nesta sexta, agendada para iniciar às 14h. O processo do Gre-Nal 421 é o quarto, podendo ser modificada a ordem dos julgamentos a pedido dos advogados.
Relembre o caso
O incidente ocorreu cerca de 15 minutos depois do clássico. No setor dos colorados, Taís, acompanhada de seu filho, balançou uma camiseta do Grêmio em frente aos rivais.
A situação não agradou a um grupo de colorados presente no local. Na sequência, uma torcedora do Inter, Renata Arruda, acompanhada por Mauro Cesar Arruda e Diego Camargo, chegou e tentou tirar a camiseta. Ela empurrou a gremista, observada pelos demais. A criança, ao lado, chorou. Logo depois, um segurança acompanhou os gremistas para fora do estádio.