De 2015 a 2018, Paolo Guerrero defendeu as cores do Flamengo. Neste período, conquistou somente o Campeonato Carioca de 2017, mas em 112 partidas, marcou 54 vezes. Uma média de praticamente um gol a cada dois jogos. Nesta quarta-feira (21), o centroavante retorna ao Maracanã pela primeira vez para encarar seu ex-clube.
Neste ano, ele chegou a jogar no estádio, mas pela seleção peruana. Na fase de grupos da Copa América, ajudou seu time a vencer a Bolívia por 3 a 1, anotando um dos gols. Depois, na grande final, perdeu para o Brasil pelo mesmo placar, mas deixou sua marca nas redes de Alisson.
— Ele é um jogador diferente, que tem muita força, segura bem a bola e não fica nervoso na área. Tem uma boa visão de jogo e está sempre bem colocado. Sem dúvidas, é o jogador mais perigoso. Quanto menos ele tocar na bola, melhor. Contra a seleção peruana, eu já tinha percebido que qualquer chance ele costuma aproveitar — comentou o lateral-esquerdo Filipe Luís, que foi titular da Seleção Brasileira no torneio e hoje defende o Flamengo.
Além da famosa "lei do ex", onde se acredita que os atletas tendem a marcar contra seus antigos clubes, o temor flamenguista se apoia nos números apresentados pelo camisa 9 ultimamente.
Depois ter sido flagrado no doping no final de 2017 e ter ficado um longo período trabalhando separado do elenco rubro-negro, Guerrero deixou o clube pela porta dos fundos. Encontrou no Inter seu refúgio e melhorou a sua marca. Até agora, são 11 gols em 19 exibições pelo Colorado.
A admiração pelo jogador foi admitida, inclusive, pelo técnico rival. Após a classificação sobre o Emelec, Jorge Jesus revelou em entrevista coletiva que pediu a contratação do peruano em 2018, quando dirigia o Al-Hilal:
— O Guerrero é um grande atacante. Tentei levá-lo para Arábia Saudita — disse o treinador português.
Diante de tantos fatos, não é preciso nem ressaltar que, nos confrontos válidos pelas quartas de final da Libertadores, Guerrero será acompanhado de perto pelos marcadores rubro-negros.