O Inter sabe que terá um adversário complicado na briga por um lugar na decisão de Copa do Brasil. Por conta da tradição do Cruzeiro, dos atletas e também do comandante, há uma grande expectativa para os dois enfrentamentos.
Um fator determinante é aguardar a ordem dos confrontos diante dos mineiros, além das datas, que devem ser confirmadas pela CBF na próxima segunda-feira (22). Porém, a rotina de estudos sobre os inimigos nas diversas competições já se iniciou no Beira-Rio. Alguns pontos podem ser levantados sobre o combatente colorado na semifinal.
Tradição
Nas duas últimas temporadas, o Cruzeiro não só igualou, mas ficou em vantagem como o maior vencedor da competição. Chegou a duas conquistas consecutivas, tornando-se o primeiro hexacampeão do torneio. Nos últimos quatro anos, o clube sempre esteve presente nas semifinais.
Base vencedora
O grupo base destes títulos é praticamente o mesmo que atuará contra o Inter. Em relação ao título de 2017, são sete remanescentes. Da temporada passada, 10 atletas que entraram em campo no jogo do título seguem à disposição. Segundo o setorista da equipe pela Rádio Itatiaia Samuel Venâncio, esse é um dos pontos fortes do time.
— Depende muito de Thiago Neves estar em um grande dia. E, principalmente, da força da sua zaga (Dedé e Léo) e do Fábio, que, aos 38 anos, segue no auge da sua forma. Se o Cruzeiro não encontrá-los em uma noite muito especial, o time pode passar dificuldades — relata o repórter.
Os novatos no time titular, que chegaram na atual temporada, são Pedro Rocha, ex-Grêmio, que foi decisivo nas quartas de final, Egídio, que está na segunda passagem por Belo Horizonte, trazido junto ao Palmeiras, e Marquinhos Gabriel, que estava no futebol árabe.
Líder na casamata
Mano Menezes é referência quando o assunto é Copa do Brasil. O treinador é o segundo que mais chegou à etapa de semifinais do torneio. Já são sete participações nesse momento: uma com o 15 de Novembro, de Campo Bom, duas com o Corinthians e quatro com o Cruzeiro. Além desses números, já acumula três títulos, ficando atrás apenas de Felipão, que tem quatro.
Crise fora de campo
O clube está passando por momentos cruciais em sua história recente. Mesmo com os títulos, nos últimos meses, a atual direção está sendo investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais. Há algumas semanas, o vice de futebol, Itair Machado, foi afastado do cargo pelo Justiça.
Momento de altos e baixos
O ano parecia promissor. Embalado com uma das melhores campanhas da Libertadores, venceu o Campeonato Mineiro e só conheceu o sabor da derrota no final de abril, quando perdeu na abertura do Brasileirão, para o Flamengo. Desde então, o clube já tem sete derrotas. Em números gerais, são 36 partidas, com 19 vitórias, 10 empates e sete insucessos. Porém, chega com moral após eliminar o maior rival, o Atlético-MG, pelas quartas da Copa do Brasil. Antes, passou pelo Fluminense, nos pênaltis. No Brasileirão, a fase não é boa.
Ataque positivo
O clube mineiro já fez 62 gols até o momento na temporada. É o quinto mais efetivo no futebol brasileiro. Está atrás apenas de Flamengo (69), Atlético-MG (68), Bahia (65) e Grêmio (63). Fred é o principal goleador, tendo balançado as redes em 16 oportunidades.
Divisão do foco
Assim como o Inter, o Cruzeiro está em três competições. Busca a recuperação no Campeonato Brasileiro — em anos anteriores, o torneio foi deixado de lado por Mano, mas, pela má campanha em 2019, pode render mais atenção. Na Libertadores, terá o atual campeão o River Plate pela frente nas oitavas de final.
Com mais de 20 dias até o confronto, muitas coisas podem ser alteradas. Jogadores podem ser negociados, como o volante Lucas Romero, que interessa ao Independiente-ARG. Outras alterações podem ser promovidas, mas a provável formação até agosto, quando os jogos devem acontecer: Fábio; Edilson (Orejuela), Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Romero (Ariel Cabral) e Robinho; Marquinhos Gabriel, Pedro Rocha e Thiago Neves (Fred);