Se Odair Hellmann está sendo alvo de críticas por seu time não conseguir vencer fora de casa ou ainda está chateado com a derrota para o Vasco, a passagem da Seleção Brasileira por Porto Alegre serviu para lhe dar uma boa dose de confiança e melhora na autoestima. Ao comparecer ao treinamento do Brasil no último sábado (8), o treinador colorado virou atração entre aqueles que protagonizaram a goleada sobre Honduras 24 horas depois.
Sentado na primeira fila da arquibancada, vestindo um elegante blazer preto, Odair já foi saudado na chegada, ao conversar animadamente com os comentaristas e ex-jogadores Roger Flores e Casagrande. Terminada a atividade, uma romaria se estabeleceu.
Os primeiros a saírem do campo e irem até onde estava o treinador do Inter foram o capitão Daniel Alves e Marquinhos, seguidos por Thiago Silva. Os três jogadores do PSG se lembraram da visita do técnico, a convite de Neymar, em 2018. Todos mostraram total intimidade, tratando-o pelo apelido “Papito”. Daniel chegou a zombar:
— Treinando o Inter, e com este casaco, agora é “Mister Papito” — numa alusão ao tratamento dispensado aos treinadores na Europa.
Vieram então os outros jogadores. Atletas como Marquinhos e Gabriel Jesus trabalharam com Odair na campanha do ouro olímpico em 2016, quando este ocupou o cargo de assistente técnico. Tantos foram os abraços e saudações que Edu Gaspar chamou Odair e seus assistentes para irem ao campo, onde os abraços se multiplicaram com a equipe de apoio e houve uma demorada conversa com Tite.
É muito grande o respeito que se tem no ambiente da Seleção por Odair Hellmann. Há um consenso em torno de seu nome como figura agregadora, de grande conhecimento tático e bom comando de grupo. Sua passagem pelas seleções de base do Brasil lhe garante uma torcida permanente por parte de todos.
