O caso de doping de Paolo Guerrero será reaberto no Peru. Segundo informações divulgadas pelo jornal El Comércio, o promotor do Ministério Público peruano irá convocar funcionários e ex-funcionários do Swissôtel para prestar depoimentos.
Na semana passada, alguns deles disseram em um programa de televisão que o centroavante foi contaminado ao beber chá de limão em uma jarra que não estava bem higienizada após ter sido servido chá de coca. À reportagem local, Fernando Silva, advogado do jogador, disse que entrará com ação civil contra o hotel por danos e prejuízos.
O jornal Líbero, por sua vez, recorda que no documento levantado pelo TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), a quantidade de benzoilecgnonina encontrada no organismo de Guerrero era incompatível com a hipótese de contaminação levantada à época: "Ambos especialistas consideraram que a mera contaminação por chá de coca de uma jarra ou de um bule que se servia chá poderia haver produzido concentrações mais baixas do que as quantidades encontradas", escreveu a corte em seu ponto 70 da punição.
O camisa 9 foi flagrado no exame antidoping após jogo da seleção peruana contra a Argentina, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018. Punido pela Fifa, conseguiu uma liminar para atuar no Mundial da Rússia, mas voltou a ser suspenso quando já havia sido contratado pelo Inter. Durante todo o processo, o atleta alegou sua inocência, sustentando que o hotel em que estava concentrado, em Lima, era responsável pela sua contaminação.