
Na reta final de 2017, Paolo Guerrero foi pego no exame antidoping em jogo da seleção peruana e acabou suspenso do futebol, ficando mais de 250 dias sem atuar. Após uma série de julgamentos e recursos, o atacante foi liberado para jogar em abril deste ano pelo Inter, clube que o contratou em agosto do ano passado.
Apesar de o assunto ser tratado como página virada por muitas pessoas ao redor do jogador, o programa Domingo al Dia, da América TV, do Peru, retomou o caso e foi até o Swissôtel, em Lima, local em que a seleção peruana ficou concentrada para disputar a partida contra a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia.
De acordo com as declarações de Anthony Obando, garçom que serviu os jogadores peruanos durante a hospedagem, o camisa 9 passou mal nos dias que antecederam o confronto na Bombonera e tem grandes chances de ter sido contaminado com resíduos de chá de coca devido a uma jarra de suco mal-lavada.
— Eu tenho certeza que a contaminação ocorreu no hotel. O Guerrero estava com febre e a nutricionista da FPF (Federação Peruana de Futebol) me pediu um chá. A jarra não foi bem lavada para colocar o líquido e o problema aconteceu — declarou durante uma conversa gravada por uma câmera escondida.
No transcorrer da reportagem, Luis Escate, ex-funcionário do hotel, afirmou que o serviço prestado no local não era totalmente higiênico e, por conta disso, Guerrero foi contaminado ao encostar a boca no copo para tomar o chá.
Com a suspensão, Paolo Guerrero não pôde defender o Flamengo nos seis meses finais de seu contrato e ficou afastado do futebol. Mesmo assim, conseguiu uma liberação para defender o Peru na Copa do Mundo de 2018 e logo depois assinou com o Inter.