Se o encontro com o River Plate no Beira Rio, no primeiro turno da Libertadores, já havia sido especial para D'Alessandro, a partida desta terça-feira (7), na Argentina, tem um sabor especial. Em 10 anos com a camisa do Inter, o craque colorado fará apenas a segunda partida na cidade natal. Antes, havia jogado contra o Boca Juniors, pela Sul-Americana de 2008. Nesta segunda-feira, D’Ale treinou no estádio do Argentinos Juniors, distante quatro quadras da casa de sua família. Acompanhado dos pais, irmão, amigos do bairro, o camisa 10 se emocionou várias vezes durante a entrevista.
— Está sendo muito especial. Não via meus pais e meu irmão desde as férias. Jogar aqui, treinar em um bairro que conheço como a palma da mão, é muito legal — disse.
Questionado sobre o que ficou pendente da passagem dele pelo River Plate, o jogador respondeu com uma retrospetiva da carreira e da vida.
— Não tenho nada pendente, talvez ter ganhado um título internacional importante. Sou muito grato ao River. Estou feliz e contente e sem nenhum arrependimento.
Foi neste momento que a entrevista parou. D’Alessandro interrompeu a resposta e chorou.
— Nessas horas a gente recorda de muita coisa. Estou no fim da minha carreira e é a primeira vez que dou uma entrevista com a presença dos meus pais.
O jogo desta terça-feira foi pouco abordado na entrevista coletiva. Ainda assim, D'Alessandro e Cuesta garantiram que não há clima de partida amistosa e que o Inter jogará pelo maior número de pontos e melhor campanha da Libertadores.
Sobre a escalação, o técnico Odair Hellmann deverá preservar os jogadores pendurados com dois cartões amarelos: D’Alessandro, Patrick e Edenilson.
— Vou entender a decisão e manter o comportamento de sempre. O Odair vai saber o que fazer — finalizou.