Foram longas as tratativas para que o contrato de empréstimo de Wellington Silva fosse estendido junto ao Fluminense. O Inter chegou a cogitar o repasse de alguns jogadores em troca, tamanha era a vontade de que o atacante continuasse no Beira-Rio. Ele ficou e, mesmo assim, não conseguiu deslanchar com a camisa colorada.
Nos 12 jogos do clube nesta temporada, Wellington esteve presente em apenas três. Sua última aparição foi no Gre-Nal do último domingo (17), quando entrou no segundo tempo, na vaga de Guilherme Parede. Já havia substituído Neilton diante de Aimoré e, quando começou como titular contra o São José, deu lugar para Tréllez após o intervalo. Também esteve no banco de reservas contra Avenida e Veranópolis, mas não entrou. Ao todo, contabiliza apenas 92 minutos em campo.
— É uma surpresa ele não estar sendo usado no Inter. Era visto como um jogador de qualidade aqui no Rio de Janeiro. Voltou ao Fluminense em 2016, começou 2017 como titular com Abel Braga, mas aí começaram a surgir os problemas de púbis na metade do ano. Não atuava com frequência e, por isso, foi emprestado — atesta o repórter Gérson Júnior, da Rádio Brasil, do Rio de Janeiro.
De fato, a questão médica também atrapalhou sua estadia em Porto Alegre. Desde que foi contratado em janeiro de 2018, o jogador de 26 anos conviveu com dores no púbis e uma lesão no tornozelo. Ao longo de toda a última temporada, fez apenas um gol. Por isso, virou a quinta opção quando o técnico Odair Hellmann recorre a atacantes de lado de campo (à sua frente estão Nico López, William Pottker, Neilton e Guilherme Parede).
Revelado nas categorias de base do Fluminense, Wellington Silva foi comprado por R$ 9,8 milhões, em 2010, pelo Arsenal, da Inglaterra. Porém, sem cair nas graças do então treinador Arsène Wenger, acabou emprestado aos espanhóis Levante, Alcoyano, Ponferradina, Real Murcia e Almería, além do inglês Bolton Wanderers. Desde então, tenta retribuir o carimbo de promessa que lhe foi dado nas Laranjeiras.