Ao contrário do Grêmio, o Inter recusou o acordo proposto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pôr fim à punição à torcida do clube no Gauchão. Pela ideia apresentada, a direção colorada pagaria uma multa ao tribunal e, em contrapartida, a pena seria extinta a partir da quinta rodada. Os termos não foram aceitos.
O clube rejeitou o acordo por dois motivos. Primeiro, porque o quarto jogo colorado no Estadual será realizado fora de casa, nesta quarta (30), contra o Veranópolis. Como o acordo valeria apenas para a quinta rodada, pela punição, o jogo na Serra terá torcida única local, sem a presença de colorados identificados. No caso do Grêmio, como o quarto jogo será realizado em casa, contra o São Luiz, a punição seria mais branda, apenas com a suspensão de organizadas.
O segundo motivo é que, para fechar o acordo, o Inter teria que pagar ao STJD uma multa de R$ 20 mil. O jurídico colorado considera isso injusto, pois a decisão do Pleno do tribunal absolveu o Inter do pagamento de multa, punindo apenas as organizadas. As penas adicionais, suspendendo toda a torcida em jogos fora de casa, surgiram apenas após despachos do auditor Mauro Marcelo, que aumentou a pena em decisão monocrática (tomada por apenas um julgador).
No momento, a punição vigente para o Inter é de seis jogos, três em casa e três fora, sendo que não está esclarecido se a primeira rodada, contra o São Luiz, entrou na conta. Logo, a punição pode seguir para até a sétima rodada, nos jogos colorados contra Brasil-Pel (casa), Juventude (fora) e Caxias (casa).
Grêmio e Inter aguardam ainda para qualquer momento que o presidente do STJD, Paulo César Salomão, emita uma decisão sobre uma ação conjunta movida pela dupla Gre-Nal exigindo que prevaleça o entendimento do Pleno, punindo apenas as organizadas. Se o pedido for deferido, todas as punições serão extintas.