Dois fatores retardam o anúncio da renovação de contrato de Odair Hellmann com o Inter. O primeiro, o aperto no calendário, que impede o treinador de manter uma conversa mais demorada com a direção. O segundo, a preocupação dos dirigentes em não atropelar o processo sucessório — haverá eleição presidencial dia 8 de dezembro. De resto, há um desejo mútuo de permanência, afirma Gilmar Veloz, empresário do técnico, confiante no acerto.
— A direção estava esperando pela definição das candidaturas. Agora, já é possível alinhar alguma coisa. Segunda ou terça vamos sentar — anuncia Veloz.
O empresário diz respeitar a preocupação do clube quanto ao que possa ocorrer na eleição. Por isso, evita entrar em detalhes sobre a duração do próximo contrato.
— Há interesse de parte a parte. Acredito que as coisas vão se encaminhar — destaca o agente, que tem atuado ao lado de Odair e também gerencia a carreira de Tite, técnico da Seleção Brasileira.
Os contatos para encaminhar o acerto são praticamente diários. Na quinta-feira (15), por exemplo, antes da partida contra o América-MG, Veloz e o executivo Rodrigo Caetano conversaram por telefone. Nesta sexta (16), depois do treinamento, marcado para a tarde, o empresário terá uma reunião com Odair.
A partir deste encontro, Veloz colherá os detalhes finais sobre o planejamento do técnico em relação a 2019. E irá apresentá-los no mais tardar terça-feira (20) ao presidente Marcelo Medeiros e ao vice de futebol, Roberto Melo.
— Odair é grato pela oportunidade e pela confiança repassadas pela direção. Mesmo que o ano não tivesse se iniciado muito bem, ela confiou no seu trabalho — valoriza Veloz.
Seja qual for o vencedor da eleição — concorrem Marcelo Medeiros e Luciano Davi — ou mesmo se terá seu contrato renovado, Odair preocupa-se em dar os passos iniciais na montagem da base para 2019, que terá a Libertadores incluída no calendário. Nomes de futuros reforços já são analisados.
— Independentemente de qualquer coisa, já estamos pensando nisso (próxima temporada). Temos que pensar no clube como uma forma de gestão. Já conversamos e estamos olhando o mercado. Não dá para deixar para depois. Não temos dinheiro para gastar milhões, vamos ter de ser criativos, como fomos nesse ano — informa o técnico.