A calma demonstrada por Edenilson ao marcar o segundo gol do Inter contra o América-MG, quinta-feira (15), aos 45 minutos do primeiro tempo, tem uma explicação. É fruto da aplicação do volante nos treinamentos de conclusão. Um trabalho que não se resume ao chute, conforme ele explica.
Ele também é cobrado a manter a calma na zona de finalização, em que ocorre o confronto direto com os defensores. E que já havia dado resultado quando o Inter derrotou o Atlético-MG, numa noite marcada por temporal no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Naquele lance, Edenilson ganhou na velocidade de três marcadores e teve calma para vencer ao goleiro Victor pouco depois de entrar na área.
— No outro jogo (contra o Ceará), eu tinha desperdiçado uma oportunidade. Não posso perder dois gols seguidos, se não o pessoal me mata — sorriu o volante, ao explicar seu arremate, após lançamento de Leandro Damião. — Eu treino tanto com o professor Odair quanto como Caíco (auxiliar técnico) essas chegadas de surpresa. Fui feliz.
No primeiro gol contra o América-MG, marcado por Leandro Damião, inverteram-se os papéis, e foi do volante a assistência. Com simplicidade, Edenilson, que já marcou três vezes neste Brasileirão, diz que o espírito coletivo é o que prevalece nesses momentos.
— Sempre pensamos no bem do grupo, do time, em estar ajudando, seja com assistência, gol ou roubada de bola. O importante é ajudar todo mundo a sair daqui feliz — afirma.
Apesar de preocupante, a distância de cinco pontos em relação ao líder Palmeiras não é encarada pelos jogadores do Inter como um obstáculo definitivo à conquista do título. Edenilson não vê receita além de manter a sequência de vitórias e torcer por tropeços da equipe treinada por Luiz Felipe Scolari:
— Tem que secar, né? Sabemos que estamos secando uma equipe qualificada, que está há um turno sem perder. Mas, enquanto houver chance, tentaremos o máximo de vitórias para ficar no pé deles.