Tudo indica que o Brasileirão de 2018 será em verde. Cinco pontos à frente do Inter, na liderança do campeonato, o Palmeiras tem uma tabela suave até o dia 2 de dezembro. Por sua própria competência, não tropeçou em adversários da segunda página da tabela e assumiu a ponta com certa tranquilidade.
O Inter, porém, não desistiu do título e segue na briga. Uma luta que também se estende pelos bastidores do campeonato. Após a rodada do final de semana, palmeirenses e colorados se alfinetaram. De um lado, o vice de futebol do Inter, Roberto Melo, disparou contra o clube de Felipão que, segundo o dirigente, já estaria celebrando a conquista futura:
— Apesar de o Palmeiras já parecer comemorar o título, tem muita coisa pela frente. Acreditamos que ainda dá, sim (para o Inter ser campeão), mas temos que fazer a nossa parte. Não adianta nos preocuparmos com Palmeiras, Flamengo, sem fazer a nossa parte, que é vencer nossos jogos. Queremos fazer grandes jogos e só com estes resultados é que podemos ser campeões.
Na rodada anterior, após o empate com Vasco, Roberto Melo havia se revoltado com a arbitragem. Na ocasião, classificou o pênalti dado ao adversário no fim do jogo como "uma vergonha". Ainda deu a entender que daria mais ibope o título ficar com Flamengo ou Palmeiras.
A direção do Palmeiras não deixou por menos e, depois da vitória colorada de virada sobre o Atlético-PR, com um gol de pênalti, apontou o Inter como um grandes beneficiários dos erros de arbitragem do campeonato.
— Foi um erro grave o que ocorreu a favor do Internacional. É inadmissível que isso continue a acontecer. A arbitragem não pode ter influência marcante em uma fase decisiva do campeonato e justamente após as várias declarações dos dirigentes do Inter, que coincidentemente é o time mais beneficiado pelos erros de arbitragem — atacou o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte.
Para completar, nessa terça-feira o presidente do Inter, Marcelo Medeiros visitou direção da CBF, no Rio de Janeiro, a fim de entregar um documento que pede o uso de árbitro de vídeo na reta final do Brasileirão. O dirigente colheu 14 assinaturas de dirigentes dos clubes da Série A favoráveis à tecnologia — Vasco, Atlético-MG e mais dois foram contra ou não se manifestaram.
Medeiros não conseguiu o que queria: contar com o VAR para as últimas rodada do campeonato. Mas, institucionalmente, colheu frutos junto à CBF. E o VAR ficará apenas para 2019. Por enquanto, o Inter segue lutando contra o Palmeiras. No campo e nos bastidores.
Na próxima rodada, o Inter enfrenta o Ceará no Castelão, domingo (11), às 17h. No mesmo dia e horário, o Palmeiras visita o Atlético-MG, no Independência.