Os advogados de Paolo Guerrero devem retornar ainda nesta terça-feira (16) ao Tribunal Federal da Suíça, em Lausanne, a fim de solicitar que haja a liberação para o atleta voltar a trabalhar enquanto o processo que o suspendeu por 14 meses segue em fase de recurso.
A Justiça suíça deverá julgar tal recurso em dezembro. Os representantes do atleta desejam obter uma autorização do Tribunal para que ele possa jogar pelo menos até a sentença final.
Caso os advogados de Guerrero revertam a expectativa e consigam obter sua liberação, o camisa 79 poderia estrear pelo Inter ainda neste Brasileirão. Guerrero tem contrato com o Inter e já teve o nome publicado no BID. Porém, a vigência de sua suspensão por doping o impede até de treinar no CT Parque Gigante.
Nesse final de semana, surgiu na imprensa peruana a informação que Guerrero poderia permanecer no Peru (onde treina desde a reativação da suspensão), e assinar com o Alianza Lima, seu clube de origem. No momento, o contrato de Guerrero com o Inter está congelado, passando a valer assim que o atacante for liberado para voltar ao futebol.
Segundo o vice de futebol do Inter, Roberto Melo, Guerrero permanecerá no clube gaúcho para jogar ainda este ano ou a partir de 2019:
— Converso toda a semana com Guerrero. Ele quer jogar a Libertadores pelo Inter. Essa informação de Alianza Lima é mera especulação.
Entenda o caso
Desde a cassação da liminar em Lausanne, em 23 de agosto, os advogados de Guerrero se mobilizam para tentar a reversão. Um emissário do Inter embarcou para Lima, no Peru, a fim de buscar junto à Federação Peruana de Futebol elementos que auxiliem a defesa do jogador. Na Suíça, a defesa de Guerrero é feita por dois advogados: o suíço Alex Zen-Ruffinen e o espanhol Juan de Dios Crespo Pérez.
O julgamento do recurso na Justiça Comum da Suíça está agendado para dezembro. Os advogados de Guerrero questionam junto à Justiça suíça as provas que o levaram à condenação – o atacante foi punido após ser flagrado no exame antidoping na partida entre Argentina e Peru, pelas Eliminatórias da Copa da Rússia, em 5 de outubro de 2017. O laudo apontou a substância benzoilecgonina, um metabólito da coca ou da cocaína. Se dizendo inocente, Guerrero alegou ter consumido um chá antes da partida.
Por enquanto, Guerrero segue suspenso até abril de 2019.