A atuação no Gre-Nal pode render sequência a Zeca no meio-campo do Inter. Com a ausência de Edenilson, que precisará de mais duas semanas para se recuperar de uma lesão, o ex-jogador do Santos é um dos principais candidatos a seguir na posição. E não na lateral, função para a qual foi contratado, em uma troca com Eduardo Sasha.
Algumas estatísticas sustentam a análise da boa atuação. Zeca foi o maior ladrão de bolas do clássico, com cinco. Acertou 16 dos 20 passes que tentou. Tentou e conseguiu executar três dribles. Apareceu como opção ofensiva, inclusive pisando na área do Grêmio. E, claro, gastou a maior parte de sua energia procurando Maicon e Arthur, os construtores do adversário. Para o próximo jogo, contra a Chapecoense, sua face mais atacante pode aparecer.
— A ideia era usar o Zeca nas laterais. E continua sendo assim. Usei por dentro foi porque estávamos tendo marcação, mas não ficávamos com a bola. Precisava de alguém parecido com o Edenílson, que não estava disponível — justificou o técnico Odair Hellmann.
Na entrevista coletiva, Zeca falou sobre o assunto:
— A princípio vim como lateral. O professor perguntou para mim se eu já tinha atuado no meio-campo. Respondi que sim. Mas mesmo se não tivesse, falaria que sim, porque queria jogar. O que tiver que fazer para ajudar o Inter, vou fazer.
Odair deve começar a esclarecer, a partir desta terça-feira, onde aproveitará Zeca. A opção deve combinar, também, com o retorno de D'Alessandro, que foi ausência no Gre-Nal e no treino de segunda-feira. Caso o argentino não se recupere (ou seja suspenso pelo STJD na quinta-feira), será ainda maior a chance de o camisa 37 jogar no meio. Mas se o capitão estiver liberado, existe uma possibilidade de entregar Zeca à lateral, colocar D'Alessandro no meio e manter Rossi (ou Pottker, que também será julgado) e Lucca nas pontas. Por se tratar de um jogo em casa, contra um adversário da parte de baixo da tabela (a Chapecoense está na 13ª posição com seis pontos, um a mais do que o Inter), a tendência é de um time mais ofensivo.
Segundo Zeca, pouco importa. Para ele, o que importa é reviver a emoção sentida no sábado, quando voltou a atuar após seis meses entre litígio com o Santos e preparação no Inter.
— Na hora do hino passou um filme na cabeça desses seis meses. Queria jogar o mais rápido possível. Fiquei feliz e emocionado — resumiu.