O cara esperto, inteligente, carismático e malandro é também chamado de manhoso. Pensa antes, sabe o que todos estão querendo fazer. Romário era assim, o Dario, o Tostão, e o Ronaldinho usavam dessa ginga para conquistar vitórias e golaços. Hoje, temos no Gigante da Beira-Rio um argentino que todos os clubes gostariam de ter, mas ele é do Inter e será para sempre.
Me refiro ao capitão D'Alessandro. Sabe jogar e sabe competir, sabe acalmar, mas sabe como poucos, botar fogo na fogueira. Me lembro que certa vez estávamos em uma das cabines do Beira-Rio quando o time adversário começou a tumultuar o jogo, matar tempo _ o técnico deles era o Leão. Do meu lado estava sentado um senhor que não vou revelar seu nome, mas era do alto escalão do clube, que foi ficando furioso. E ele diz: "Guarda o meu lugar Neto, que vou lá em baixo tirar satisfação dele e da arbitragem. Quero mais é que ele fique furioso comigo e seja expulso".
Não se passaram cinco minutos, lá estava ele batendo boca com o Leão na beira do gramado. Quando o juiz se aproxima deles, a Brigada apartou e o árbitro fez aquilo que todos os colorados queriam: expulsou o técnico Leão, para delírio da torcida. Daqui a pouco abre a porta e era aquele mesmo senhor. Ele voltou, sentou do meu lado aliviado e soltou um suspiro aliviado: "Só o que faltava o Leão mandar mais que o dono do Circo!".
Nomes na história
No futebol, temos muitas coisas que acontecem na volta do jogo e a gente nem sabe. Sei é que em tudo na vida, temos que mesclar experiência e juventude, conhecimento e sabedoria como os exemplos que dei de grandes craques que traziam no seu DNA muito talento para conquistar o mundo. Todos eles que marcaram seus nomes na história de seus clubes e também na Seleção. Carregaram na mochila do jogo e da vida as manhas do futebol.