Há empates que são saborosos de se assistir. Teoricamente, qualquer 1 a 1 já é melhor do que qualquer 0 a 0. Mas nem sempre isso é verdade. De qualquer forma, há também os empates clássicos, aqueles que terminam em 2 a 2 ou 3 a 3. É difícil, eu sei, mas há jogos até mesmo do time para o qual torcemos que terminam empatados e são dignos. Não foi o caso ontem.
Quando São Paulo-RG x Inter se encaminhava para o fim, duas cenas resumiram bem o sentimento de quem viu o jogo. Primeiro, Odair Hellmann aparece esbravejando à beira do campo. Com o que, exatamente, não sei, mas ressalto apenas a ação e não o porquê da reação. Em seguida, a câmera flagra um guri de não mais do que oito anos dormindo no colo do pai. No estádio.
Em Rio Grande, além do vento e do gramado, os jogadores também foram culpados pelo futebol limitado. Em nada o time reserva lembrou as duas últimas atuações do titular. O Inter foi mal na saída de bola.
Mudança de esquema
A equipe criou pouco mesmo após as alterações feitas por Odair no segundo tempo. Gabriel Dias, mais adiantado do que costuma jogar, no meio, não foi bem. Wellington Silva não teve vantagem na jogada pessoal. Na verdade, a mudança do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1 piorou o time, que, assim como o São Paulo, lutou.
Mas só luta não serve para vencer uma partida, mesmo que típica de Gauchão, com disputas ríspidas e muita bola para o mato. É bom, neste caso, que a cabeça esteja mesmo na pedreira de quarta-feira, contra o Remo, uma decisão pela Copa do Brasil.