Não foi o Inter principal, aquele do D'Alessandro e do Damião. Mas se saiu melhor do que ele. Os reservas foram mandados a campo e venceram o Novo Hamburgo por 3 a 0, o que o clube passou o 2017 inteiro sem conseguir fazer. Com a vitória, os colorados mantiveram os 100% no Gauchão e só não alcançaram a liderança por causa do saldo de cinco gols do Caxias, com quem cruzará na quarta-feira, no Centenário.
Odair Hellmann chegou ao Vale do Sinos sob chvua e com uma surpresa. Havia deixado Klaus, Rodrigo Dourado, D'Alessandro, Camilo e Leandro Damião em Porto Alegre. No Estádio do Vale, quando liberou a escalação, 45 minuots da partida, revelou uma equipe totalmente reserva – à exceção de Danilo Fernandes e, com boa vontade, Iago, titular da hora, com a ausência de Uendel pelos próximos 10 dias, em virtude de uma lesão sofrida no joelho na estreia, contra o Veranópolis.
Os colorados que enfrentaram a chuva forte no Vale, ao menos, tiveram como consolo ver algumas caras novas. O lateral-direito Ruan, o meio-campista Patrick e o centroavante Roger ganharam a primeira chance. Odair também mandou a campo Gabriel Dias, que havia entrado na quarta-feira, e Marcinho, que não deixa de ser um estreante, já que até despontar emprestado no Brasil-Pel em 2017 só havia atuado pelo time B.
O campo, é verdade, estava pesado, mas isso nem de longe interferiu na produção do Inter. Ou seja, o festival de chutões nos primeiros 15 minutos tinha origem mesmo no açodamento do time, Como Nico, atuando mais recuado, não tem característica de articular, os volantes estavam presos e Patrick começou muito recuado, o Inter pouco articulava.
O Novo Hamburgo, nem de longe, se parece com o time de futebol vertical e transição rápida que ganhou o Gauchão. Pelo contrário, tem problemas sérios a resolver e precisa se alertar para evitar riscos maiores no campeonato.
Desse modo, o jogo começou com muita energia e pouca criação. Quando houve alguma lucidez, veio o gol. Aos 15, Charles arrancou da defesa e tocou para Nico, ao lado da área. O uruguaio cruzou, e Assis impediu o gol de Marcinho. No escanteio, quase o Inter marcou. Nova cobrança, e Thales subiu como manda a cartilha: bem no alto e torneando a bola com força. Assim, ela entrou com potência no gol para o 1 a 0.
Depois disso, o Inter se soltou mais e, em vez dos chutões, tentou trocar passes e tabelar. Aos 25, criou um contra-ataque de manual: Roger pegou rebote de escanteio, acionou Patrick que avançou até a intemrdiária de ataque. Lá, ele acionou Marcinho. Livre, o atacante chutou para fora.
Aos gritos, Beto Campos reorganizou o Novo Hamburgo. Foi ao desespero quando o Inter cobrou falta rápidamente, e Gabriel Dias, livre, cruzou para Riger chutar pelo alto. As reações iradas de Beto funcionaram. O Noia entrou de vez no jogo. Sempre pela esquerda, com Assis, Juninho e Conrado tramando sobre Ruan e Danilo Silva. Aos 31, Assis chutou, Danilo Fernandes defendeu. Aos 39, Conrado entrou pela direita e chutou para fora. Antes do final do primeiro tempo, em outro contra-ataque, Patrick apanhou rebote de disputa de Roger com a zaga e acionou Nico. O chute saiu forte, mas Max salvou.
A volta do intervalo mostrou um Novo Hamburgo mais acelerado e concentrado no jogo. O resultado disso foi uma blitz sobre o Inter. Entre os nove e os 12 minutos, foram quatro escanteios em sequência e um alvoroço na área colorada. No primeiro deles, Julio Santos chutou, e Danilo Silva e Patrick bloquearam. No seguinte, Branquinho chutou em cima da zaga. Quando escapou. o Inter armou outro contra-ataque veloz, uma marca do time de Odair. Marcinho acelerou e acionou Ruan, que cruzou em cima do marcador.
Beto Campos trocou seus atacantes. Não resolveu. Odair colocou Edenilson e Pottker, e resolveu. Aos 28, Edenilson cobrou escanteio criado por Pottker e Danilo Silva fez 2 a 0. Aos 34, Pottker cruzou na cabeça de Nico, que fez 3 a 0. O Novo Hamburgo tentou descontar, lutou e viu Jean Silva quase marcar depois dos 40. Não conseguiu e levou para casa uma coleção de preocupações. O Inter, por sua vez, comemora o bom começo no Gauchão.