O Conselho Fiscal do Inter decidiu dar (pela segunda vez) novo prazo para que a gestão apresente soluções ao déficit de 2017 projetado em R$ 59 milhões. Tudo porque para aprovar o pedido de suplementação orçamentária, na casa dos R$ 31 milhões, o CF quer saber como a direção pretende cobrir esse gasto até o próximo dia 31 de janeiro - quando o ano fiscal do clube chegará ao fim.
O temor dos conselheiros é que, com tal déficit, o Inter poderia correr o risco de ser excluído do Profut (o programa do governo federal para a renegociação e pagamento de dívidas fiscais e tributárias), uma vez que o clube não pode superar em 5% o teto de déficit permitido pelo governo para aqueles que integram o Profut. Caso contrário, ocorre a exclusão. O Inter tem R$ 109 milhões em dívidas renegociadas com Brasília.
Ainda que uma solução não tenha sido apresentada pela gestão ao Conselho Fiscal, cuja data limite para a votação do pedido de suplementação é a noite desta terça, nos bastidores do Beira-Rio, se dá como certo que os R$ 31 milhões da suplementação serão cobertos até o final de janeiro. Possivelmente, com a antecipação de receitas de TV ou, o que é bem mais provável, com a venda de jogadores. E o atacante William Pottker e o volante Rodrigo Dourado são alguns dos poucos jogadores do clube com algum valor significativo de mercado, com o clube saindo de uma temporada escondido na Série B.