O principal tema da reunião do Conselho Deliberativo do Inter, na noite desta quinta-feira, a análise e votação do pedido de suplementação orçamentária, no valor de R$ 31 milhões, foi retirado de pauta.
Como o Conselho Fiscal adiou para a noite de segunda-feira (dia 18) a apreciação do pedido, o Deliberativo acabou retirando a votação de pauta. A questão que está gerando grande debate interno no clube é que a aprovação da suplementação elevará o déficit do clube em 2017 para R$ 59 milhões.
Com isso, segundo conselheiros de oposição, o Inter poderia correr o risco de ser excluído do Profut (o programa do governo federal para a renegociação e pagamento de dívidas fiscais e tributárias), uma vez que o clube ultrapassaria em pouco mais de 2% o teto de déficit permitido pelo governo para aqueles que integram o Profut.
Integrantes da direção, porém, se mostram tranquilos com relação a isso. Alegam que o teto é de 5%, e que o clube já vive uma tensão pré-eleitoral - ao final de 2018, o clube terá eleição à presidência.
Nos bastidores do Beira-Rio, se dá como certo que os R$ 31 milhões da suplementação serão cobertos até 31 de janeiro de 2018 (ainda dentro do tempo hábil para o ano fiscal de 2017 do clube), com a antecipação de receitas ou, o que é bem mais provável, com a venda de jogadores. E o atacante William Pottker surge como o ficha 1 para uma negociação.
