Um ano depois, Lisca está de volta ao Beira-Rio. Se em 2016 ele não conseguiu evitar o rebaixamento iminente do Inter para a Série B, em 2017 ele reencontra a equipe na segunda divisão e pode até complicar o sonho do título da competição. Hoje no comando do Guarani, o treinador falou sobre a sua saída conturbada do Paraná e analisou Gabriel Dias, volante da equipe tricolor, que interesse aos gaúchos.
— Foi uma surpresa este interesse do Inter no Gabriel para mim. Ele era um zagueiro no Palmeiras e vinha de três temporadas difíceis no Boa Esporte, no Bragantino, com três rebaixamentos seguidos. Ele começou a jogar de volante e é um cara de muito vigor, de muita pegada, de área a área. Mas ele não é um jogador de muita qualidade técnica. Eu acho que o Inter está contratando ele mais pela competitividade (...) Eu gosto muito do outro volante, o Leandro Vilela. Este sim é diferente, todo mundo pode olhar. Infelizmente ele se machucou nos últimos jogos, é um menino de 21 anos que renovou agora com o Paraná. Este sim é diferente — falou em entrevista ao GaúchaZH.
Inter e Guarani se enfrentam neste sábado (dia 25), às 17h30min, no Beira-Rio. Na prática, os dois times já conquistaram os seus objetivos. Os comandados de Odair Hellmann já garantiram o acesso para a Série A e os paulistas permaneceram na Série B.
— O mundo dá voltas, né? No ano passado eu fiz de tudo para escapar da Série B e, infelizmente, não foi possível naqueles últimos três jogos. Enfrentei toda aquela dificuldade com muito orgulho. Eu não tive como negar aquela convocação até pela amizade com os dirigentes. Neste ano, eu lutei com tudo para permanecer na B, né. Completamente diferente. Agora eu venho para cá enfrentar o Inter já com o objetivo alcançado e o Inter também, com o acesso confirmado. O time teve uma dificuldade no final, mas todo mundo sabia que o time não ia deixar de subir. Pior do que cair, foi a maneira como caiu — comentou o técnico.
Por último, Lisca tratou de explicar a sua saída do Paraná. O comandante afirmou que o que foi dito sobre a sua demissão não é verdade e que entrou na Justiça para provar que está certo.
— Foi muito ruim pessoalmente (a demissão no Paraná), né, não profissionalmente. Eu tenho muitos anos de carreira. Fui contratado pelo Paraná e a equipe era a 15ª. Fui contratado para escapar do rebaixamento e nem a direção sabia do potencial do time. Eu dei uma encaixada na parte defensiva do time. Trabalhamos um jogo mais posicional, sem mudança de função. O trabalho tava muito legal e mudamos o paradigma do clube dentro da competição. Aconteceu uma situação que eu nunca tinha passado na minha vida e nunca mais quero passar. Eu não vou guardar rancor, não leva a nada. Vida que segue. O caso está na justiça e nós vamos provar que tudo que foi falado foi uma grande mentira. Eu nunca tinha falado sobre isso. Obviamente que eu nunca agredi ninguém. Houve um aproveitamento da minha pessoa, mas poderiam ter feito diferente e não exposto um profissional da maneira que foi. Foi muito ruim. Mas já passou, vamos pra frente — recordou.