Parei, na quinta à noite, para assistir ao jogo do River Plate pela Libertadores. Duvido, tirando a torcida do próprio time argentino, que exista alguém que aprecie e acompanhe futebol que não tenha ficado com uma pontinha de inveja da determinação, garra, volúpia e vontade de vencer dos portenhos. É claro que estamos falando de uma exceção que acabou resultando em uma jornada histórica e épica, mas bem que nossos times poderiam se espelhar minimamente no que aconteceu para darem mais alegria às suas torcidas.
No caso do Internacional, por exemplo, por mais que demonstre vontade de vencer e foco nas partidas que vem fazendo pelo Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, não teve, pelo menos até agora, nenhuma estratégia de tentar amassar o adversário. Ao contrário, tem adotado a estratégia _ que vem dando certo, diga-se de passagem _ de construir suas vitórias dando prioridade à cautela.
No jogo do sábado passado, marcou um gol logo no início e recuou suas linhas, esperando o adversário. Foi deslanchar somente no segundo tempo, quando o desequilíbrio técnico gritava. Não penso que o Inter deva se atirar atabalhoadamente ao ataque. Mas, em jogos em que os adversários possuem nítida desvantagem técnica, experimentar um "abafa" não seria má ideia.
Caminho mais curto e seguro
Os que discordarem do que estou dizendo certamente argumentarão no sentido de que o pragmatismo é o caminho mais curto e seguro para o objetivo maior, que é a volta à Primeira Divisão. Até concordo, mas me invade uma vontade danada de ver, ao menos uma vez, o Inter jogando como Inter. Indo para cima e encurralando o adversário como nos velhos tempos.
Com a opção por Gutierrez no jogo deste sábado contra o Náutico, em Caruaru, parece que não será desta vez. Se vier a vitória já estará bom, mas se fosse com lampejos de River, seria maravilhoso.
Bom fim de semana a todos!