O Inter vai virar um time competitivo e confiável. Ainda não será nesta noite, contra o Paraná. Levará algumas semanas, mas tenha certeza de que isso acontecerá. E será sob as mãos de Guto Ferreira. Por mais que pareça improvável se levarmos em conta a atuação de sábado, em Recife.
Essa jornada de sábado do Inter, aliás, deve ser colocada de lado. Não foi futebol. Foi um outro esporte qualquer em um piso que jamais poderia receber um jogo da segunda mais importante divisão do futebol brasileiro.
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Ouvi as manifestações de torcedores na Rádio Gaúcha e recebi algumas em minha timeline no Twitter pedindo a saída de Guto. Um absurdo. Injustiça em estado puro. Nem mesmo um milagreiro conseguiria algo em tão pouco tempo. Nesta terça-feira, contra o Paraná, Guto completa seu 20º dia à frente do Inter. Ainda está conhecendo os jogadores, vendo com o quem pode contar e até onde. E está fazendo isso com a bola rolando, no jogo valendo pontos.
Guto caiu no Beira-Rio em meio a um furacão. E com um jogo atrás do outro. Nesses 19 dias no cargo, teve apenas dois dias para comandar um treino mais intenso. Nos demais, ou era jogo, ou era véspera ou era pós-jogo. Nesses dias, treinar é impossível. Nunca vi um time ser construído sem treinar, sem ter tempo de criar afinidade entre os jogadores.
Quando Guto tiver a semana livre, e isso acontecerá depois da partida contra o Brasil, quando virão duas em sequência, poderemos analisar e criticar o trabalho do técnico do Inter. Até lá, é analisar e observar como ele se vira e trabalha na base da conversa com seus jogadores.