A versão 2016 de Eduardo Sasha acostumou os colorados a ver gols. Foram seis nestes primeiros quatro meses do ano, cinco pelo Gauchão e um pela Primeira Liga. Porém, o meia-atacante de 24 anos, mesmo que tenha realizado boas partidas, não balança as redes há mais de um mês. Seu último gol foi contra o Novo Hamburgo, em 26 de março.
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Elogiado pela entrega em campo, pelo grau de competitividade, pelo instinto artilheiro e pela obediência tática, Sasha é lembrado também pelo bom cabeceio, mesmo com 1m73cm.
– Essa é uma cobrança que todo atacante passa. Incomoda ficar sem fazer gols, sem dar a assistência final. E isso acontece com todos, do Romário ao atacante do time do Interior – analisa o ex-atacante e atual comentarista da Globo Caio Ribeiro, que debita a queda do jogador também no estilo de jogo colorado, de mais combatividade e menos envolvimento do adversário.
Responsável por dar suas primeiras oportunidades no time profissional do Inter, em 2010, o técnico Celso Roth minimiza a questão. A virtude de Sasha está na entrega para o time. A participação tática e a ocupação de espaços compensam a falta de gols e asseguram sua escalação.
– São aqueles aspectos do jogo que muitas vezes passam despercebidos pela torcida, mas são fundamentais para o time. É isso o que o Sasha dá – reitera o treinador.
Por essas virtudes, Sasha tem sido peça fundamental do Inter há mais de dois anos, não importando quem seja o técnico – nem a função desempenhada.
Com Abel, em 2014, era um atacante de mobilidade, fazendo companhia ora a Wellington Paulista, ora a Rafael Moura. No ano seguinte, ganhou de Diego Aguirre a missão de ser um dos meias abertos na linha de três antes do centroavante, então Nilmar. Agora, com Argel, voltou a ser atacante e, ainda que parta, eventualmente, de uma posição mais lateral, frequentemente fecha para a área para concluir.
Característica, aliás, que o acompanha desde a base.
– Quando ele estava no sub-20, decidimos aproveitá-lo por causa da velocidade pelo lado de campo aliada ao faro de gol, mesmo que ainda tivesse 18 anos – lembra Roth.
Depois de um 2011 de pouco aproveitamento, foi para o Goiás, onde melhorou no aspecto tático. Com Enderson Moreira, foi um extrema – posicionamento aberto, próximo às linhas laterais, em uma linha ofensiva de meio-campo.
– É um jogador competitivo, de boa finalização, marcava bem o setor, obediente e bom cabeceador – comenta Enderson.
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