O estádio Universitário, onde Tigres e Inter decidem suas vidas na Libertadores, quem diria, lembra o antigo Beira-Rio, de duas arquibancadas sem cobertura e devoção caliente ao clube. É claro, não tem a velha aba do estádio colorado.
Calor e o "vulcão amarelo": os detalhes do duelo entre Tigres e Inter
Mas vai reunir todas as forças do Tigres em 42 mil torcedores sedentos por finalmente alcançar uma final de Copa, um sonho maior do que a cordilheira de Sierra Madre Oriental, que circunda a cidade e concentra um grande bafo de calor.
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Portanto, o caldeirão da noite desta quarta-feira autoriza o lugar comum. É o calor de ameaçadores 36 graus, é a torcida infernal, é o estádio que leva o apelido de vulcão. E, garantem, foi aqui que teria nascido a divertida "ola" da torcida em 1984.
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Nada disso parece perturbar o técnico Diego Aguirre. Espremido contra o banner na coletiva de terça-feira, ele comentou que seu time já está pronto, independentemente do que vier pela frente. Ele já sabe se vai usar Valdívia ou Lisandro López. Ou se a questão será entre Lisandro e Sasha.
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Ele sabe até que o time mexicano vai recorrer a José Rivas, el Paton, no lugar do suspenso Hugo Ayala. Sabe que Rivas se recupera de lesão e vem sendo colocado aos poucos. Assim, vendo o vulcão da ótica do comedido e cordato Aguirre, tudo parece mais factível. O problema é que a torcida do Tigres também está considerando metade da batalha ganha.
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A declaração do presidente Alejandro Rodriguez, que é eleito pelo conselho consultivo da dona do clube, a empresa de cimento Cemex, passou dos limites da cordialidade. Disse que o adversário de hoje não segura o gás nos 20 minutos finais. Disse ainda que o Inter jogou para valer apenas 10 minutos no Beira-Rio.
Calor e trânsito são fatores extracampo para o Inter em Monterrey
Sabem o que disse o técnico Aguirre? Não vai criar polêmica. E subiu para o seu apartamento no luxuoso hotel de Monterrey onde a delegação está hospedada. Mas ele terá pensado o quanto Rafael Sobis e o francês Gignac incomodaram no Beira-Rio. Arévalo Ríos e Pizarro se ocuparam em atrapalhar a vida do meio de campo do Inter na vitória de 2 a 1.
Nesta noite, aliás, basta um empate para o time de D'Alessandro, que anda sério e concentrado pelos corredores do hotel. Basta um empate. O certo é que ninguém acredita que a noite bafejosa seja daquelas sem gol, como vem falando o técnico brasileiro Ricardo Ferretti.
- Faremos goles - declarou, com a certeza dos sacerdotes aztecas.
Mas ao Inter basta fazer goles também, dizem os mexicanos menos convictos. E se fizer um, o Tigres terá de sacar três, mas neste caso terá de mover as montanhas de Sierra Madre.
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Dentro do vulcão
No México, Inter decide vaga à final da Libertadores contra o Tigres
Time de Diego Aguirre joga pelo empate em um estádio lotado com 42 mil pessoas
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