A torcida pedia, queria, exigia a vitória contra o Tigres. O Estádio Beira-Rio pulsava inteiro na primeira partida das semifinais da Copa Libertadores da América.
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O Inter atendeu. Mais de 44 mil torcedores, o maior público pós Copa do Mundo de 2014 no estádio, receberam dois gols em 10 minutos. A festa começou cedo. Ninguém esperava tanta facilidade.
Cotação ZH: Alisson é o melhor do Inter na vitória contra o Tigres
O time voava rente ao gramado padrão Fifa. Os mexicanos não conseguiam passar da linha do meio do campo, ficavam trancados em seu espaço. A goleada parecia próxima, ao alcance de mais um ataque implacável. A classificação estava próxima já no primeiro jogo.
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O ímpeto colorado se encerrou aos 23 minutos, com o gol de Ayala. O zagueiro subiu e aproveitou o erro da defesa. Logo, Alisson foi chamado para fazer duas grandes defesas. Impediu a virada. O Inter sentiu a força adversária. O Tigres conseguiu se organizar depois dos dois gols e começou a pressionar.
Aos 11 minutos do segundo tempo, depois de uma jogada violenta, Ayala recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com um jogador a mais durante meia hora, o Inter não soube aproveitar a vantagem, apesar das chances de gol. Faltou mais pressão, faltou o toque de bola mais rápido e objetivo, faltou jogada lateral mais decisiva, faltou o chute de média distância, faltou a palavra da moda "intensidade"
O 2 a 1 não alivia os gaúchos no México. O escore é perigosíssimo. Os mexicanos sempre jogam melhor protegidos pela própria torcida. Mais de 40 mil pessoas vão apoiar o Tigres na região metropolitana de Monterrey.
A vitória magra passa muito, mas muito mesmo, pelas atuações discretas de D'Alessandro e Valdívia, apesar dos gols. Lisandro López não foi bem, assim como os dois laterais, Nilmar e Aránguiz. Salvou-se Rodrigo Dourado. Alisson foi o melhor.
Diego Aguirre mexeu mal. Nos 30 minutos finais, 11 contra 10, poderia ter colocado Anderson e Vitinho, que acelerariam mais o jogo. Forçariam as jogadas laterais. Tentariam abrir a defesa pelos lados. Fosse mais aplicado, tivesse mais fome de gol, o terceiro gol viria e a viagem ao Exterior chegaria com um clima de classificação antecipada. Sasha ainda está longe da melhor forma física e técnica.
O Tigres é competitivo. Está recheado de bons jogadores. O segundo jogo será muito mais difícil do que o primeiro. O técnico do time mexicano, o brasileiro Ricardo Ferreti, estava de bom humor na entrevista coletiva. Minutos antes, no final da partida, ainda no gramado, os seus jogadores se abraçaram. Sinal de que o resultado não foi de todo ruim para os visitantes. Marcar gol fora é quase uma vitória. A decisão está totalmente aberta.