A explosão de fúria de Fabrício deixou fora da pauta uma notícia alvissareira para os colorados. O Inter fez primeiro tempo de padrão elevado contra o Ypiranga até a expulsão de Anderson, aos 42 minutos. Arrisco qualificar como a atuação mais organizada e consciente do time na gestão Diego Aguirre.
Depois de testar todos os esquemas, o uruguaio montou um time em que pode usar todos ao mesmo tempo. Na quarta-feira, começou no 4-2-3-1, mas no meio do jogo poderia se perceber um 4-1-4-1. E se quisesse adotar três zagueiros, bastava puxar Ernando para dentro e colocar Jorge Henrique na ala.
Além do cardápio de esquemas, o Inter mostrou Nilmar e Sasha afinados e afiados e uma defesa um pouco mais consistente. O setor, aliás, se estabiliza com o acréscimo de qualidade que oferece Rodrigo Dourado. O guri de Pelotas marca como gente grande e refina a saída de bola. O passe alongado para Nilmar ingressar na área e sofrer o pênalti que originou o 1 a 0 partiu do seu pé direito.
No desenho final do Inter de Aguirre, depois de quase 90 dias de ensaios, Jorge Henrique fez o papel de Aránguiz. Atuou mais recuado, como segundo volante. Anderson compôs a linha de três meias. Mas para cumprir essa função ele ainda precisa ser mais o Anderson que saiu daqui e menos o carimbador do Manchester United. Talvez resida nele a única interrogação do time para entrar na fase de jogos quentes do Gauchão e da Libertadores.
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