Ecoava nos corredores do Beira-Rio a seguinte frase no segundo semestre de 2014: "O Nilmar que todos conhecemos nós veremos apenas no ano que vem, quando ele se readaptar ao futebol brasileiro". Passados dois meses da nova temporada, a pergunta que completa a afirmação entre integrantes da direção de futebol do Inter é: "Quando será isso?"
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O camisa 9 segue intacto entre os titulares de Diego Aguirre e a tendência é de que inicie a partida diante do Emelec na quarta-feira, às 22h, no Beira-Rio, pela Libertadores. A atuação discreta no Gre-Nal de domingo não abalou o prestígio do atacante junto a Diego Aguirre. Na avaliação do treinador, Nilmar sofreu pela falta de criação de situações de gol do time do Inter.
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Em 2015, contudo, Nilmar já esteve em campo seis vezes em jogos oficiais. Marcou um gol no amistoso do Inter contra o Juventude. Pelo Gauchão, são cinco atuações contra uma vez na Libertadores - estava suspenso diante da Universidad de Chile, quinta. A última vez que balançou a rede foi contra o Bahia, no dia 25 de outubro. O time de Abel Braga venceu por 2 a 0.
Ex-atacantes do Inter, Dadá Maravilha e Daniel Carvalho fazem coro ao treinador. Apontam que o centroavante do Inter irá deslanchar a qualquer momento. Mas fazem ressalvas.
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Por telefone a Zero Hora desde Minas Gerais, Dadá descreve Nilmar como craque. Destaca que gosta da velocidade e do poder de decisão de Nilmar - características que, segundo Dadá, ainda não sobressaíram na temporada. "Quem sabe andar de bicicleta não esquece", é o jargão usado para resumir o que espera do jogador.
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- A grande área não tem grama? A bola não é redonda? Ele tem é de jogar o que sabe. Quando voltou, já conhecia o Brasil, domina o Inter como ninguém. Que faça o que sabe fazer. Simples - comenta Dadá.
Daniel Carvalho enfatiza o que enxerga como uma falha no período de preparação de Nilmar ao voltar para o Brasil. Cita dois exemplos seus para comparar. O primeiro, em 2008, quando voltou ao Inter do CSKA. O combinado era permanecer 20 dias nas mãos do coordenador de preparação física Élio Carraveta. Serviu ao técnico Tite com cinco dias de Inter.
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Já em Minas Gerais, quando retornou do Catar para defender o Atlético-MG, o período de cinco meses em que pôde trabalhar foi benéfico. Daniel atuava no Al-Arabi em 2010. Deixou Doha em fevereiro de 2011 para defender o Galo. Com a janela de transferências do Exterior para o Brasil já fechada, teve de aguardar a regularização de seu nome junto à CBF até agosto.
- Nilmar treinou 20 dias e colocaram o cara para jogar. Saiu do nível baixo do futebol árabe, técnico e físico, para tomar porrada aqui. Hoje, o futebol técnico, sozinho, não ganha mais jogo. Tem de estar bem fisicamente. O que aconteceu? Machucou - apontou o ex-atacante do Inter.
O Gauchão como parâmetro
Nilmar em 2015
5 jogos no estadual
0 gols
0 assistência
43 passes certos (média de 8,6 por jogo)
11 passes errados (média de 2,2 por jogo)
6 finalizações certas (média de 1,2 por jogo)
6 finalizações erradas (média de 1,2 por jogo)
Rafael Moura em 2014
8 jogos no estadual
7 gols (média de 0,8 gol por jogo)
2 assistência (média de 0,25 por jogo)
115 passes certos (média de 14,38 por jogo)
21 passes errados (média de 2,62 por jogo)
10 finalizações certas (média de 1,25 por jogo)
6 finalizações erradas (média de 0,75 por jogo)
Wellington Paulista em 2014
13 jogos no estadual
7 gols (média de 0,53 gol por jogo)
2 assistência (média de 0,15 por jogo)
91 passes certos (média de 7 por jogo)
26 passes errados (média de 2 por jogo)
9 finalizações certas (média de 0,69 por jogo)
14 finalizações erradas (média de 1,08 por jogo)
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