E lá vai o Inter, montanha acima para estrear na Libertadores. Na terça-feira, o time de Diego Aguirre abrirá o torneio nas alturas de Nuestra Señora de La Paz. Serão 3,6 mil metros de ar rarefeito além de The Strongest com o estádio lotado à espera de D'Alessandro e seus companheiros. Como o Inter já esperava pela classificação dos bolivianos, pois é grande a vantagem da Cordilheira dos Andes em um mata-mata, toda uma programação já estava sendo pensada a fim de minimizar os efeitos da falta de oxigênio.
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O fisiologista Luiz Crescente, do Inter e agora da Seleção Brasileira, trata dos cuidados para a viagem. Foi assim também em 2012, quando o Inter enfrentou o mesmo The Strongest, pelo Grupo 1. Treinado por Dorival Júnior, o time havia perdido Oscar uma hora antes do jogo, quando o São Paulo obteve liminar na Justiça do Trabalho, impedindo o camisa 16 de entrar em campo. Muriel foi o destaque daquela partida, e o Inter conseguiu correr até o final. Teve forças para buscar o 1 a 1 aos 43 minutos do segundo tempo, com um gol do atacante Gilberto.
- A altitude tem dois componentes: o que assusta e o que é real - afirmou Crescente.
- Existe um período refratário do organismo na altitude. Leva de seis a oito horas para que um indivíduo comece a ser afetado pelo ar rarefeito. Tomamos todos os cuidados para permanecer em La Paz e jogar exatamente durante esta janela - acrescentou o médico.
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A delegação partirá de Porto Alegre às 15h de segunda-feira em voo fretado direto para Santa Cruz de la Sierra - cidade localizada 416 metros acima do nível do mar, altitude que não afeta o organismo dos atletas. Os jogadores pernoitarão no município e, na tarde de terça, voarão para La Paz.
- Outros dois elementos importantes para minimizarmos os efeitos da altitude serão a hidratação, a alimentação e o repouso. Tudo será controlado. Chegaremos em La Paz e iremos para o hotel, almoçar e descansar antes do jogo. Temos atletas acostumados a atuar na altitude. O próprio Diego Aguirre disputou muitas partidas nestas condições. Estaremos preparados - anunciou Luiz Crescente.
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Campeão com a LDU, Jorge Fossati costumava dizer, ao assumir o Inter, que os adversários se assustavam com a altitude de Quito. São 2,8 mil metros de altitude, menos do que em La Paz. Em 2006, a única derrota do Inter campeão da Libertadores ocorreu na casa da LDU. Em 2010, com Fossati, o Inter empatou em 1 a 1 com o Deportivo Quito, no Equador.
- A questão da altitude afeta 20% a parte física e 80% a parte mental. Assim, não se deve temer a altitude - ensinava Jorge Fossati.
- Toda esta bagagem que o clube tem será utilizada em La Paz. Estaremos prontos, desde a parte física até a técnica para fazer um bom jogo - prometeu Crescente.
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