Não lembro de um jogo tão monocórdico. O Inter roçou 70% de posse de bola. Os outros 30% o Salgueiro usou entre erros de passe, cêra e arremessos laterais. Uma superioridade constrangedora, conquistada não apenas pelo desnível técnico entre os dois times, mas também pela seriedade do Inter.
O time de Dunga correu e dividiu com tanta vontade que o Carcará do Sertão deve ter considerado provalecimento.
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Ygor na lateral direita revelou-se uma opção interessante, com Jorge Henrique no meio. O placar de 3 a 0 não revela o jogo. Podia ter sido seis ou sete. Alisson não fez nenhuma defesa.
O mais interessante foi, no segundo tempo, Otávio no lugar de Damião, já com Scocco no time (ele entrou no intervalo, na vaga de Ygor, passando JH para a lateral e Willians para a primeira função).
Ficou uma linha de três, com DAlessandro centralizado, Otavio e Forlán pelos lados e Scocco adiantado, com trocas inteligentes de posição entre eles. O segundo gol, de Scocco, nasceu desta movimentação e busca de espaço. O terceiro também, com o argentino retribuindo o uruguaio.
O time ficou mais arrojado, veloz e profundo. Menos burocrático, lento e lateral.
Era só o Salgueiro, é verdade, mas a goleada veio assim.