Passava meia hora após o jogo e D'Alessandro permanecia no gramado falando e concedendo entrevistas. Vinha um repórter e ele invariavelmente comentava sobre a garra do time e sobre a importância do técnico Dunga a frente do time. Aparecia outro repórter e, de novo, D'Alessandro se esquecia em comentários sobre a equipe. Isso tudo depois de ter erguido a portentosa Taça Piratini que o ex-presidente da FGF Emídio Perondi lhe entregou - e que ele levantou dividindo o gesto da conquista do título com o centroavante Leandro Damião.
- Eu fui cumprimentado até pelos reservas, me abraçaram, e eu cada dia continuo aprendendo dentro do futebol. Todos trabalham com força aqui dentro (no Inter) - disse ele.
Sobre a Taça Piratini ele falou com um sorriso:
- Não é uma Champions, mas é a Taça Piratini, a gente tem que se acostumar.
Depois falou sobre o grupo de jogadores. Elogiou a disposição dos colegas enquanto caminhava em campo atendendo um e outro microfone. Lembrou de Guiñazu, do quanto ele o admirava para explicar o seu próprio crescimento dentro do Inter, até chegar aos tempos de hoje como capitão de Dunga. Em um certo momento, esteve por tirar foto com um torcedor antes de ser atropelado por outro microfone, sempre caminhando no campo enlameado.
- Você deu carrinho neste gramado como um garoto - observou alguém.
- Eu sou um profissional - respondeu.
E continuou sua avaliação após a goleada histórica numa decisão de turno do Campeonato Gaúcho.
- A conquista, não tem melhor coisa do que ela, quando se gosta do clube em que está vivendo, no clube que se sente dentro. Não tem coisa melhor do que ganhar título assim.
Disse que o treinador é o principal ponto da regularidade do Inter e que ele mesmo tenta ser um dos líderes do grupo do seu jeito, embora ainda aprendendo.
- Agora é hora de voltar a focar no Gauchão. Torcedor tem que comemorar hoje, mas a gente tem que acertar os ponteiros e trabalhar.
Destaque
Quando soube que o Botafogo do zagueiro Bolívar havia conquistado no Rio o turno do Estadual, D'Alessandro comentou satisfeito:
- Ah, é? Que bom. Eu tenho falado com ele, eu sei da situação dele.
Sobre o momento da saída de Bolívar do grupo, D'Ale comentou:
- Infelizmente ele saiu mas deixou uma história no clube. Ele sabe que, quando deixou o time na primeira vez, não estava bem. Mas, na segunda vez, era justamente o momento em que se sentia bem. Mas futebol é assim.