Sem elementos para a denúncia de racismo contra o jogador Carlinhos, do Flamengo, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu arquivar o suposto caso de injúria racial que teria ocorrido durante a partida entre Grêmio e Flamengo, na Arena. Na ocasião, no dia 22 de setembro, o atacante da equipe carioca foi expulso e quando se dirigia aos vestiários foi hostilizado por torcedores gremistas que estavam na arquibancada.
Um vídeo gravado na saída de campo circulou nas redes sociais e foi usado para possibilidade de denúncia pela Procuradoria do STJD, que recebeu as perícias contratadas pelo Grêmio e não viu elementos para a denúncia de racismo na gravação. O caso foi analisado pelos procuradores Eduardo de Sampaio Leite Jobim e Jhonny Prado Silva.
A oferta de denúncia foi recusada, uma vez que analisaram o que a torcedora disse no vídeo, com direito a separação de ruídos externos, e nenhuma injúria racial foi constatada. O Tricolor contratou as empresas Grupo Peritos, do Rio de Janeiro, e Becker&Sawitzki, de São Paulo, para realizar o trabalho de perícia na gravação de vídeo.
O vídeo ganhou proporções por conta do portal Lance!, que publicou as imagens com legenda do momento em que teriam ocorridos as ofensas, e do Flamengo, que reverberou a publicação ao fazer a denúncia do caso. O Grêmio pediu a retratação do veículo de comunicação e do clube carioca.
O Flamengo afirmou, em nota após o jogo, que o "jogador diz ter escutado imitações de macaco e, em um vídeo de uma matéria do veículo Lance!, ouve-se nitidamente uma voz proferindo a palavra 'macaquinho'".
O Tricolor diz que conseguiu identificar o torcedor responsável pela fala, ouviu ele e outras testemunhas, e que a expressão usada foi "tá brabinho?", dita pelo torcedor e por uma criança após Carlinhos dar um soco na cabine do VAR, momentos depois de receber cartão vermelho e ser expulso.
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