O Grêmio vai ao ataque. Depois da derrota no Gre-Nal do último sábado (19), o Tricolor tenta deixar para trás de vez uma ameaça que parece ganhar força no ambiente do clube: não garantir vaga em uma competição continental em 2025.
Agora que a ameaça do Z-4 parece não assustar tanto, a briga é para conseguir ao menos um lugar na Copa Sul-Americana do ano que vem. Mas para isso será preciso vencer neste final de semana a equipe do Atlético-GO, lanterna do Brasileirão. E é por isso que mudanças estão a caminho na equipe. Fechado no CT Luiz Carvalho com seus jogadores, Renato Portaluppi ensaiou alterações táticas nos últimos dias para deixar seu time mais ofensivo.
Uma alternativa que chegou a ser desenhada nos momentos finais do Gre-Nal 443 poderá ser novamente observada. A mexida mais provável para sábado (26) é a saída de Edenilson para o retorno de Soteldo ao time titular. Depois de ser considerado uma peça que equilibrou a equipe nos bons resultados contra Botafogo e Fortaleza, Edenilson virou candidato a deixar o time para que o venezuelano volte a compor o setor ofensivo.
A troca foi testada no Gre-Nal, e teve boa avaliação interna.
— A questão da volta do Soteldo no lugar do Edenilson tem a ver com a discussão central do Grêmio nas últimas semanas: equilíbrio. Com o venezuelano o time obviamente ganha mais talento, habilidade e criatividade, mas a contribuição defensiva dele já comprometeu a equipe em jogos importantes do ano. É claro que não é impossível jogar Soteldo, Cristaldo e Aravena. Ou mesmo Monsalve junto aos dois primeiros. Desde que todos contribuam efetivamente sem a bola — analisa o comentarista Rodrigo Coutinho, do Grupo Globo.
O problema, na avaliação de Coutinho, é que a mudança voltaria a expor uma situação que prejudicou a campanha do Grêmio ao longo do Brasileirão:
— Há equipes no futebol brasileiro que possuem jogadores com o mesmo problema de recomposição, mas que são titulares de forma regular ao longo do ano. Tem faltado soluções coletivas na parte defensiva para minimizar a pouca recomposição desse tipo de jogador, além de mais dedicação individual de cada um deles no trabalho defensivo.
Uma outra possibilidade também estudada é a utilização de dois atacantes de área, outro teste feito por Renato nas últimas partidas. Sem Diego Costa, suspenso, Arezo seria a opção a ser escalada junto a Braithwaite. No entanto, essa alternativa deve ficar para o decorrer da partida.
Pouca resistência
A justificativa para um time mais ofensivo do Grêmio passa também por quem será o adversário deste sábado (26). Virtualmente rebaixado, o Atlético-GO vem oferecendo pouca resistência ao longo do Brasileirão. Lanterna da competição e com a pior defesa com 47 gols sofridos em 30 jogos, o time goiano já olha para o próximo ano e tenta usar a reta final da temporada para avaliar o elenco de jogadores.
— O Atlético-GO já começou 2025. O Atlético já caiu. Não adianta iludir, eu vivo intensamente esse clube e nada deu certo, nada funcionou neste Campeonato Brasileiro da Série A. O time foi caindo de produção e em nenhum momento trouxe aquela real esperança que a gente conseguiria superar as adversidades — afirma Adson Batista, presidente do clube goiano.
Contra o lanterna do Brasileirão e de olho em um final de ano mais tranquilo, o Grêmio se prepara para ser mais ofensivo. Um caminho no qual Renato aposta para conquistar uma vitória para amenizar a pressão que se formou nas últimas semanas.
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